Nesta quinta-feira (31/8), comemora-se o Dia do Nutricionista. A data celebra os profissionais responsáveis por contribuírem com a qualidade de vida e saúde das pessoas a partir da alimentação saudável e equilibrada.
Para levar uma vida com mais vigor e saúde, é preciso promover o autocuidado e adotar hábitos que levem a uma vidas mais saudável. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025, aproximadamente 167 milhões de pessoas em todo o planeta, incluindo adultos e crianças, ficarão menos saudáveis por estarem acima do peso ou obesas.
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo e impacta negativamente a saúde. A doença é uma epidemia global que afeta milhões de pessoas e é considerada uma doença crônica progressiva.
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Segundo a nutricionista e coordenadora do curso de nutrição da Faculdade Anhanguera Bruna Zacante, o excesso de peso resulta em problemas como doenças cardíacas, diabetes tipo 2, distúrbios respiratórios, doenças metabólicas, câncer, problemas articulares, complicações psicossociais, problemas hepáticos e até reprodutivos, entre outros.
"As causas da obesidade são complexas e podem envolver uma combinação de fatores genéticos, metabólicos, comportamentais, ambientais e culturais. Sabe-se que o ambiente e o estilo de vida impactam diretamente a incidência da doença. É necessário entender que o tratamento requer apoio profissional multidisciplinar, incluindo médicos, profissionais de educação física e psicólogos, por exemplo. Em termos nutricionais, é importante seguir uma dieta equilibrada, com foco em alimentos minimamente processados e naturais", explica.
A especialista cita que uma alimentação composta por excesso de calorias, rica em produtos ultraprocessados, açúcar, gordura saturada e o sedentarismo, contribuem drasticamente para o desenvolvimento da doença.
"Combater a obesidade implica a uma mudança de postura. Incorporar atividades físicas variadas, como exercícios aeróbicos, treinamento de força e flexibilidade, ajuda a queimar calorias, melhorar o metabolismo e promover a perda de peso sustentável. É importante que esse indivíduo encontre prazeres nessas práticas e estabeleça metas realistas a longo prazo para tornar o processo mais gratificante. A combinação de uma alimentação saudável e a realização de exercícios não apenas auxilia na perda de peso, mas também melhora a saúde geral e a disposição", ressalta.
Aleitamento materno
Bruna Zacante faz um alerta às mães e cita um levantamento feito pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que indica a importância de promover o aleitamento materno. A amamentação reduz em 13% o risco de sobrepeso e obesidade nas crianças.
"O aleitamento materno desempenha um papel importante na prevenção da obesidade infantil. Vários estudos têm demonstrado uma associação entre o aleitamento materno e um menor risco de desenvolvimento de obesidade em crianças", esclarece.
A nutricionista enfatiza que o aleitamento materno influencia em diversos fatores nutricionais, incluindo o controle do apetite do bebê, composição da microbiota intestinal (que desempenha um papel importante na regulação do metabolismo e pode influenciar o risco de obesidade), além de ser o hábito alimentar inicial e mais importante do ser humano.
"Ressalto que a obesidade é uma condição complexa influenciada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais, dietéticos e comportamentais. Embora o aleitamento materno seja benéfico, é apenas um dos muitos fatores que podem influenciar o risco de obesidade e nessa data em que se comemora o Dia do Nutricionista, acredito ser para aproveitarmos a ocasião para compartilharmos essas informações com a sociedade", finaliza.
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