A busca pelo rejuvenescimento tem incentivado que famosos se submetem a diferentes tratamento estéticos. Esta semana, a atriz Jennifer Aniston revelou que usa sêmen de salmão na pele para ficar mais nova. Aos 54 anos, a eterna Rachel, de Friends, no entanto, confessou não ter certeza sobre os resultados do procedimento.
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Outra que revelou um tratamento inusitado foi a cantora Anitta, que usou um creme composto pelo próprio sangue na preparação. A rotina de beleza "diferente", é chamada de PRP (Plasma Rico em Plaquetas), ou, como ficou popularmente conhecida, “lifting de vampiro”. No Brasil, esse tratamento ainda é feito de forma experimental.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamenta substâncias permitidas para venda e uso médico. O sêmen de salmão, ou derivado, conhecido como PDRN está incluído em uma lista de produtos recentemente divulgados pela Agência que possui registro inadequado de uso cosmético.
Ou seja, os produtos inclusos nesta categoria, não tem permissão para o uso injetável na pele, apenas aplicação tópica: substâncias ativas aplicadas diretamente na pele, ou em áreas de superfície de feridas, com efeito local, tais como, pomadas, cremes, sprays, loções e pastilhas para a garganta.
Diversos tratamentos preenchedores e com uso de ampolas para infusão na pele estão sendo divulgados por empresas médicas como injetáveis de forma errônea, enquanto a liberação é apenas para uso cosmético. “Há uma lista no site da Anvisa que exemplifica bem o que não pode ser injetado na pele”, destaca a dermatologista e membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Fabiane Mulinari Brenner.
O tratamento feito com sêmen de salmão foi desenvolvida em um primeiro momento para outro propósito, como explica a especialista na área de cosmiatria Elisete Crocco: "O Polydeoxyribonucleotide (PDRN) foi uma substância desenvolvida num primeiro momento com objetivo de melhorar a vascularização e estimular uma cicatrização mais afetiva. Usada no tratamento de feridas em diabéticos com boa resposta, tópica e injetável".
A dermatologista que chefia o departamento de Cosmiatria da SBD completa: "O PDRN tem bom efeito de síntese de colágeno e na melhoria de qualidade da pele, porém é necessária liberação para uso injetável, que apesar de já existir em outros países, não está vigente no Brasil”.
*Estagiário sob supervisão de Thays Martins
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