Nada melhor que chegar em casa depois de um dia cansativo e poder descansar. Mas você sabia que existe um “horário ideal” para isso? De acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos pela Universidade de Harvard e publicado na revista científica European Heart Journal-digital, pessoas que vão dormir entre 22h e 23h garantem uma boa qualidade de sono e assim evitam doenças cardíacas, mais do que aquelas que adormecem mais cedo ou mais tarde.
O estudo contou com mais de 80 mil pessoas, entre 45 e 79 anos, onde precisaram ter o sono monitorado ao longo de uma semana por meio de dispositivos colocados nos pulsos. Além de precisarem responder perguntas relacionadas ao estilo de vida e hábitos do dia a dia.
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Os pesquisadores também acompanharam durante cinco anos e meio possíveis relações com problemas cardiovasculares e ataques cardíacos.
Assim, com os resultados, foi possível identificar que pessoas que têm o hábito de dormir após 23h poderiam ter até até 25% a mais de chances de desenvolver doenças cardiovasculares do que as que dormem entre 22h e 23h. O mesmo ocorre entre as que dormem antes das 22h. Nesse caso, as chances aumentam em 24%.
De acordo com o médico Victor Hugo Espíndola, neurocirurgião e especialista em doenças cerebrovasculares, os distúrbios do sono podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como o AVC. “Durante o sono, o corpo realiza processos de reparo e limpeza no cérebro, removendo toxinas acumuladas. A interrupção desses processos devido a distúrbios do sono pode prejudicar a saúde vascular”, explica.
Com isso, vai ressaltar a importância de ter uma boa qualidade de sono e manter uma rotina certa, que desempenha um papel crucial na saúde cerebral e cardiovascular. “A qualidade do sono pode afetar diretamente o sistema imunológico, hormônios reguladores do apetite e o funcionamento geral do corpo. Portanto, adotar hábitos saudáveis de sono, como manter um horário regular, criar um ambiente propício ao descanso e buscar tratamento para distúrbios do sono, pode fazer uma diferença positiva na saúde cerebral e vascular”, finaliza.
*Estagiária sob supervisão de Thays Martins
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