Saúde e Bem Viver

Quando a dor de cabeça é preocupante? Neurocirurgião faz alerta

Assim como qualquer alteração física no corpo, é importante sempre prestar atenção nos sintomas e em como eles se manifestam

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a dor de cabeça atinge cerca de 140 milhões de brasileiros, sendo considerada uma das doenças mais incapacitantes no Brasil e no mundo. Relativamente comuns, as causas são várias, como sono irregular, estresse, exposição a ruídos altos, entre tanto outros. E assim como qualquer alteração física no corpo, é importante sempre prestar atenção nos sintomas e em como eles se manifestam.


De acordo com estudo recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), a dor de cabeça é o problema de saúde mais comum no mundo. "Normalmente, as dores de cabeça são benignas e desaparecem por sozinhas ou com medidas simples, como repouso e analgésicos, mas é sempre importante ficar atento, pois em alguns casos, uma dor de cabeça pode ser um sintoma de um problema que exige uma opinião médica", destaca Antônio Araújo, neurocirurgião da Clínica Araújo & Fazzito.

Mas afinal, como saber se a dor de cabeça deixou de ser "comum" e passou a merecer atenção maior?

Neurocirurgião chama a atenção para cinco situações em que o sintoma de dor de cabeça tem de ser informado ao médico:

1 - Intensidade

Um sinal de alerta para a sua dor tem a ver com a intensidade, de acordo com o neurocirurgião: "Quando o incômodo for muito forte, ou vai ficando forte ao longo do dia, é preciso ficar atento, pois as dores súbitas podem indicar condições graves, como hemorragias, meningite ou AVC. Além disso, essas dores podem indicar ainda mais gravidade se acompanhadas de outros sintomas", explica o médico.

2 - Alteração na visão

A alteração na visão é um sintoma que pode acompanhar a dor de cabeça tanto em casos menos graves, como problemas oculares graves: "Só um especialista poderá diagnosticar a dor de cabeça, mas quando ela vem acompanhada de alteração na visão, é recomendável procurar um médico", comenta o neurocirurgião.

3 - Persistência

Qualquer dor ou sintoma que apareça deve ser investigado quando se torna persistente e com a dor de cabeça não é diferente, não só pela possibilidade de se tratar de alguma condição grave, mas porque pode atrapalhar a qualidade de vida e as atividades diárias: "Uma dor persistente ou que aparece com frequência pode indicar casos crônicos de enxaqueca e cefaleias, por exemplo. Com um tratamento adequado, essas pessoas podem viver com uma boa qualidade de vida", avisa  Antônio Araújo. 

4 - Dor alternada

As dores alternadas também merecem uma atenção especial. Segundo  Antônio Araújo, se sua dor muda de local, intensidade, frequência ou qualquer outra característica, isso pode indicar um problema subjacente: "Nesse caso, é importante procurar ajuda para descartar que a causa seja algo mais grave".

5 - Piora com atividades físicas

O agravamento da dor de cabeça com atividades físicas, como musculação, corrida, ou outros esforços físicos, caso se torne frequente, pode indicar problemas que vão além de doenças neurológicas: "Nesse caso, é necessário investigar problemas vasculares, neurológicos, entre outros", alerta o médico.

Saiba Mais