Um menino de 2 anos faleceu, na última terça-feira (18/7), após ser contaminado com uma ameba comedora de cérebro, nos Estados Unidos. De acordo com informações de familiares, Woodrow Bundy nadava em um rio com a família quando foi infectado pelo patógeno que mata cerca de 97% das pessoas infectadas.
"Woodrow Turner Bundy voltou vitorioso para nosso pai no céu às 2h56. Ele lutou por sete dias. O mais longo que qualquer pessoa sobreviveu nos registros [desse tipo de infecção] são três [dias]. Eu sabia que tinha o filho mais forte do mundo. Ele é meu herói, e serei eternamente grata a Deus por me dar o melhor menino do mundo, e sou grata por saber que um dia terei esse menino no céu", escreveu a mãe dele, Briana Bundy, no último dia 18 em uma publicação no Facebook.
A ameba que vitimou o menino é chamada de Naegleria fowleri, ela entra no corpo pelo nariz, levando a uma condição chamada meningoencefalite amebiana primária (MAP), uma inflamação que ataca o cérebro e evolui rapidamente causando dores intensas, rigidez da nuca, vômitos e alta taxa de mortalidade.
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O protozoário vive em águas mornas e está distribuído por todo o mundo, podendo crescer até mesmo em aquecedores de água, vivendo em temperaturas entre 40 ºC e 46 ºC, mas não sobrevive na água salgada. A infecção é rara, segundo estudos, até 2006 apenas 200 casos haviam sido registrados em todo o mundo. Nos Estados Unidos, a região sul do país, onde vivia o menino, costumam ter esta ameba nadando na água doce durante o verão.
Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, os primeiros sintomas surgem cerca de cinco dias após a infecção pela ameba. No caso de quem é infectado, geralmente, há mudanças na capacidade de olfato e no paladar. Depois, começam a manifestar os sintomas tradicionais de uma meningite: ficam com o pescoço duro, sensíveis à luz, confusos e com enjoo. No caso de Woodrow Bundy, os primeiros sintomas foram interpretados pela família como um resfriado.
O tratamento deve ser feito com a combinação de remédios, em geral antifúngicos e antibióticos potentes usados para combater a Leishmaniose, que tentam deter o ataque ao cérebro. No entanto, o mais comum é que a pessoa morra antes que os medicamentos façam efeito.