Três pesquisadores da Universidade de Genebra, na Suíça, e um da Universidade de Tohoku, no Japão, descobriram que a humanidade pode estar prestes a passar por um grande fenômeno celeste. De acordo com o quarteto, formado por Hideyuki Saio, Devesh Nandal, Georges Meynet e Sylvia Ekstöm, a estrela Betelgeuse poderá explodir nas próximas décadas como uma supernova (evento astronômico que consiste na explosão poderosa e luminosa de uma estrela).
A Betelgeuse é uma supergigante vermelha, ou seja, uma estrela com massa maior que a do Sol e que já atingiu uma fase avançada de vida. As estrelas fundem átomos de hidrogênio em hélio pela maior parte de suas vidas. Enventualmente, elas ficam sem hidrogênio em seu núcleo e começam a transformar o hélio em carbono. Depois, o carbono se transforma em néon, sódio e magnésio, em um processo conhecido como queima de carbono.
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As explosões das supernovas acontecem após rodadas sucessivas de néon, oxigênio e fusão de silício. Betelgeuse passou por uma perda de brilho entre 2019 e 2020, fazendo com que as especulações de sua suposta explosão aumentassem. No entanto, na época, cientistas acreditaram que o ocorrido teria sido causado por um aparecimento de uma nuvem de poeira, que a obscureceu temporariamente.
Contrariando esta conclusão, o quarteto de pesquisadores concluiu que, na realidade, a estrela está em um estágio tardio de queima de carbono no núcleo, podendo ser a próxima supernova galáctica. Entretanto, na contagem de tempo astronômica, o evento pode levar anos para acontecer.
As supernovas podem causar grandes danos aos planetas próximos, sendo consideradas possíveis causadoras de eventos de extinção. Apesar disso, a Betelgeuse está longe o suficiente para não causar nenhum dano.
Origem do nome
O apelido da supergigante vermelha surgiu de uma tradução errada do árabe, que significa "a mão de Órion". Atualmente, o nome é pronunciado pela maioria das pessoas como o personagem Beetlejuice, do filme Os fantasmas se divertem (1988), de Tim Burton.
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