Grupo de astrônomos da Universidade Curtin do Centro Internacional de Pesquisa em Radioastronomia (ICRAR), na Austrália, fizeram a descoberta de um novo objeto estelar, que é capaz de dificultar a compreensão das estrelas de nêutrons. A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira (19/7) na revista Nature.
A equipe acredita que o objeto possa ser um magnetar — estrela de nêutrons — de período ultralongo, tipo raro de estrela com campos magnéticos fortes, capaz de produzir rajadas poderosas de energia.
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Os pesquisadores fizeram a descoberta usando um radiotelescópio do tipo Murchison Widefield Array (MWA) — instrumento precursor dos radiotelescópios (maior observatório de radioastronomia do mundo)— a principal autora, Natasha Hurley Walker, disse que o objeto se chama GPM J1839-10 e está a 15 mil anos luz de distância da terra.
Recentemente, os magnetares conhecidos lideravam energia em intervalos de segundos a minutos. Já o novo objeto detectado emite ondas de rádio a cada 22 minutos, tornando o magnetar mais longo.
“Este objeto notável desafia nossa compreensão de estrelas de nêutrons e magnetares, que são alguns dos objetos mais exóticos e extremos do Universo”, relata Natasha Hurley.
O objeto é apenas o segundo do tipo detectado. Os pesquisadores publicaram um artigo em janeiro de 2022 descrevendo que aparecia e desaparecia intermitentemente, emitindo feixes fortes de energia três vezes por hora.