AQUECIMENTO GLOBAL

Primeira semana de julho é a mais quente já registrada, diz OMM

"Podemos esperar que mais recordes caiam à medida que o El Niño se desenvolve e esses impactos se estenderão até 2024", prevê diretor de Serviços Climáticos da OMM

Raphaela Peixoto*
postado em 11/07/2023 16:27
 (crédito: Reprodução/Gerd Altmann/Pixabay)
(crédito: Reprodução/Gerd Altmann/Pixabay)

Dados provisórios da Organização Meteorológica Mundial (OMM) apontam que a primeira semana de julho foi a mais quente registrada na história. Segundo a análise, a temperatura média global em 7 de julho foi de 17,24ºC, batendo o recorde precedente de 16,80ºC, em agosto de 2016.

Os dados são da reanálise japonesa, chamada JRA-3Q, a qual a OMM teve acesso e ainda não foram confirmados permanentemente. Mas, de acordo com a organização, os números são consistentes com o levantamento do observatório europeu do clima Copernicus.

“O calor excepcional em junho e começo de julho ocorreu no início do desenvolvimento do El Niño, que deve alimentar ainda mais o calor tanto na terra quanto nos oceanos e elevar a temperaturas mais extremas e ondas de calor marinhas”, afirma o professor Christopher Hewitt, diretor de Serviços Climáticos da OMM.

Junho também bate recorde 

O mês passado também foi o junho mais quente já registrado na história, segundo o serviço de mudanças climáticas Copernicus, ligado a União Europeia. A temperatura média global ficou cerca de 0,5 °C acima da média registrada entre 1991 e 2020. O recorde anterior era de 2019. 

“Estamos em território desconhecido e podemos esperar que mais recordes caiam à medida que o El Niño se desenvolve e esses impactos se estenderão até 2024”, prevê Hewitt. “Esta é uma notícia preocupante para o planeta”, acrescenta o professor.


*Estagiária sob supervisão de Lorena Pacheco 

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