Em pesquisa divulgada nesta terça-feira (4/7), astrônomos detalham como detectaram um sinal incomum enquanto procuravam um evento gravitacional. Os pesquisadores da Cornell University estavam procurando a colisão entre estrelas de nêutrons, que deveria resultar em uma kilonova. Em vez disso, se depararam com um evento bem mais luminoso. O culpado do brilho intenso é na verdade um buraco negro, um supermassivo com nome J221951-484240 (J221951).
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Os cientistas acreditam que esse buraco negro está a cerca de 10 bilhões de anos-luz de distância da Terra, e que o evento já está ocorrendo há 10 meses do momento das observações. Os cientistas estimam que a energia total liberada pelo buraco negro é estimada em mais de 10 vezes a energia que o Sol libera em 10 bilhões de anos.
Pesquisas nesta área do céu sugerem que o sinal vem diretamente do núcleo de uma galáxia vermelha silenciosa. "A J221951 é consistente com o fato de ser nuclear, portanto, os cenários que nos restam são um evento de ruptura de maré ou um núcleo galáctico ativo", diz a autora do artigo Dra. Samantha Oates, "Observando o espectro, ele é consistente com ambas as categorias".
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Um evento de ruptura por maré (TDE), outra possibilidade estudada pelos profissionais, ocorre quando uma estrela ou uma nuvem de gás se aproxima demais de um buraco negro supermassivo. A estrela ou nuvem é despedaçada, e devido à incrível força gravitacional, começa a brilhar à medida que o buraco negro se alimenta. Se o evento for um TDE, ele é mais luminoso do que a maioria já observada.
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A outra explicação é que se trata de um núcleo galáctico ativo (AGN), a fase de um buraco negro supermassivo em que ele está se alimentando constantemente. O evento também não se encaixa no AGN padrão, mas a equipe acredita que eles podem ter testemunhado as fases iniciais de um buraco negro supermassivo passando de inativo para ativo.
"Esperamos, no futuro, distinguir entre esses dois cenários", conclui a Dra. Oates.
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