DIREITO DA MULHER

Aprovada lei para proteção aos médicos que prescrevem pílulas abortivas

Assembleia Estadual de Nova York (EUA) dá passo importante na proteção dos profissionais de saúde, mesmo em estados que proíbem o procedimento

EM - Redação
postado em 21/06/2023 22:12
 (crédito: FreePik)
(crédito: FreePik)

Na última terça-feira (20), a Assembleia Estadual de Nova York, com grande representação democrata, deu sinal verde para um projeto de lei que garante proteção jurídica aos profissionais de saúde que prescrevem e disponibilizam pílulas abortivas para pacientes em territórios onde o aborto é proibido. Ainda aguardando sancionamento da governadora Kathy Hochul, também democrata, o projeto já conta com seu apoio público.

Carl Heastie, representante da Assembleia Estadual de Nova York, defende que a medida é um dever moral de assistência às mulheres de todo o país, garantindo a elas o direito de decisão sobre seus corpos e salvaguardando os médicos nova-iorquinos de possíveis represálias legais por parte de grupos anti-aborto.

O parlamentar ainda salienta que a telemedicina é um marco na evolução dos cuidados de saúde, e a atual proposta de lei é apenas um progresso natural para assegurar proteção aos médicos.

Essa legislação surge um ano após a Suprema Corte dos EUA revogar o direito federal ao aborto, permitindo assim que as assembleias estaduais possam legislar sobre o assunto. Isso resultou em proibições ou restrições severas em mais de 20 estados.

Com a aprovação desta nova lei, médicos e médicas em Nova York que forneçam pílulas abortivas, ou que ofereçam consultas via telemedicina para mulheres que buscam abortar, estarão resguardados de ações judiciais em estados que restringem o aborto.

A médica Linda Prine, que estabeleceu uma linha de emergência para consultas sobre saúde reprodutiva, pode ser diretamente beneficiada por essa lei. Segundo Prine, houve um aumento significativo nas consultas desde a decisão da Suprema Corte.

Após a decisão do tribunal mais alto dos EUA, Washington, Massachusetts, Colorado e Vermont também aprovaram leis para proteger os médicos em questões relacionadas ao aborto.

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