Existe um grande tabu quando se fala em ejaculação precoce. Essa é uma condição masculina na qual ocorre o orgasmo e a liberação do esperma de forma rápida e sem controle durante a relação sexual, levando o homem a gozar antes do momento desejado por ele e seu parceiro ou parceira.
Essa disfunção sexual, que pode afetar homens de qualquer idade, é caracterizada como uma incapacidade de controlar voluntariamente o tempo da ejaculação. A partir daí, são apontadas como soluções milagrosas como consumo de álcool, camisinhas retardantes e a masturbação diária ou chamada preventiva.
É mito!
Segundo o urologista e sócio da Omens, healthtech focada na saúde e bem estar do homem, João Brunhara, não se pode garantir que o hábito de se masturbar diariamente, ou até mesmo antes do início da relação sexual, resolva a disfunção de ejaculação precoce a longo prazo. "A masturbação pode ser usada, sim, para conter a super excitação que antecede a atividade sexual e, por meio de secreções hormonais e descargas de neurotransmissores por conta do orgasmo, é proporcionado o relaxamento e mais calma para que não haja ejaculação logo depois", explica Brunhara.
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Ainda assim, o urologista destaca que a masturbação para prevenir ou acabar com a ejaculação precoce não deve ser a única forma de tentar tratar o distúrbio sexual. Problemas emocionais e psicológicos devem ser levados em consideração. "As causas podem ser as mais diversas, como ansiedade, estresse, problemas de relacionamento, insegurança sexual, bem como fatores físicos. Por isso é de extrema importância identificar a raiz do problema antes de apostar só na masturbação. Além disso, homens que se masturbam muito regularmente e de forma excessiva, podem ter dificuldades com suas ereções e relações sexuais, principalmente com o avanço da idade", alerta o urologista.
O tratamento da ejaculação precoce pode envolver uma combinação de terapia sexual, técnicas de controle da ejaculação, exercícios de fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico (exercícios de Kegel) - sim, homens também possuem assoalho pélvico - e, em alguns casos, medicamentos prescritos por um profissional de saúde. "É muito importante procurar a orientação de um médico ou especialista em saúde sexual para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento individualizado", ressalta Brunhara.
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