Ciência

Homem que passou 97 dias submerso diz ter 'rejuvenecido' uma década

Joseph Dituri diz que os testes feitos no corpo dele mostraram que os telômeros estavam 20% mais longos após os três meses embaixo d'água

Correio Braziliense
postado em 05/06/2023 23:19
 (crédito: Reprodução/ Instagram/ joseph.dituri)
(crédito: Reprodução/ Instagram/ joseph.dituri)

Oficial aposentado da marinha dos Estados Unidos, Joseph Dituri, 55 anos, bateu o recorde mundial de maior tempo vivendo em um ambiente subaquático. Apaixonado pela ciência, ele completou 97 dias morando em um cápsula no fundo do Key Largos, um lago de 9,1 metros de profundidade na Flórida, nos Estados Unidos. Além de colocar o nome no livro dos recordes, Dituri fez teste de saúde que mostraram que ele "rejuvenesceu" uma década nos três meses submerso. 

Enquanto servia como oficial, Dituri descobriu a paixão pela ciência. Após se aposentar, em 2012, ele se matriculou na universidade para estudar sobre lesões cerebrais e traumáticas. A missão de Dituri é pesquisar como um ambiente pressurizado é capaz e pode afetar o corpo humano a longo prazo.

Diferente do que ocorre em um submarino, a "casa" subaquática de Dituri não usa tecnologia para ajustar o aumento da pressão embaixo d'água.

Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Dituri diz que os testes feitos no corpo dele mostraram que os telômeros — sequências repetitivas de DNA que existem nas extremidades de todos os cromossomos humanoss, e que encurtaram enquanto a pessoa envelhece — estavam 20% mais longos após os três meses embaixo d'água, o que equivaleria há mais de uma década de rejuvenescimento.

Ele diz que os exames também mostraram 10 vezes mais células-troncos desde o dia que entrou na missão, que experimenta de 60% a 66% de sono REM todas as noites, com a redução dos marcadores inflamatórios pela metade e redução do colesterol.

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