COURO CABELUDO

Foliculite capilar: o que é e como tratar a doença

Quanto menor a oleosidade, mais preservada é a flora do couro cabeludo e há menos chance de desenvolver a doença

Estado de Minas
postado em 15/05/2023 14:43
 (crédito: freepik/Reprodução)
(crédito: freepik/Reprodução)

A foliculite capilar é uma inflamação do folículo piloso - composto por uma haste capilar, músculo eretor do pelo, glândula sebácea e bulbo, o folículo é o anexo da nossa pele responsável pela produção e crescimento dos pelos. Os principais sintomas de foliculite capilar são dor, secreção, descamação e até mesmo lesões visíveis no couro cabeludo, explica Cecília Bello, tricologista, dermatologista e consultora da área clínica da Mais Cabello, rede de transplantes e tratamentos capilares do Brasil.

Com vários subtipos, a foliculite capilar pode acometer qualquer pessoa durante a vida, apesar de ser mais comum entre homens jovens, de 20 a 40 anos, especialmente aqueles com o couro cabeludo muito oleoso.

"Além da oleosidade capilar, o uso de determinados suplementos ou medicamentos também pode aumentar a secreção da glândula sebácea e, consequentemente, contribuir para a piora da doença. Por isso, é tão importante procurar um dermatologista logo que percebida a alteração capilar para fazer o diagnóstico corretamente", afirma Cecília.

Nos casos de foliculite simples é comum o surgimento de pápulas (pequenas lesões sólidas elevadas) e pústulas (lesões com o pus) na raiz dos fios, o que justifica sintomas como dor leve e saída de secreção. Nos casos mais graves, além da vermelhidão no couro cabeludo, saída de pus e sangue, o paciente também pode ser acometido por áreas com alopecia, já que nessas situações há a destruição do folículo piloso. Por esses motivos, a foliculite pode afetar, e muito, a autoestima de um paciente.

"Se um paciente procura atendimento porque tem alguns dos sinais e sintomas mencionados, além de uma análise cuidadosa, o dermatologista fará, por exemplo, a tricoscopia, um exame que utiliza lentes de aumento para que detalhes do couro cabeludo e dos folículos sejam avaliados. Dependendo da hipótese diagnóstica, é feita uma biópsia. Com um diagnóstico definido, esse paciente é medicado e acompanhado segundo a necessidade de cada subtipo da doença", complementa a dermatologista.

É possível também prevenir a foliculite capilar com alternativas caseiras como lavar diariamente ou, no máximo, a cada dois dias o couro cabeludo com shampoos anticaspa e para cabelos oleosos. Quanto menor a oleosidade, mais preservada é a flora do couro cabeludo e há menos chance de desenvolver a doença.

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