Jornal Correio Braziliense

Obesidade

Droga experimental para obesidade reduz até 15,7% do peso corporal

A empresa responsável pela criação do medicamento afirmou que espera que o órgão regulatório norte-americano, Food and Drugs Administration (FDA), aprove o medicamento até o fim de 2023

Uma droga experimental para emagrecer resultou em uma perda de peso de até 15,7%, segundo um comunicado do laboratório Eli Lilly. A empresa afirmou que espera que o órgão regulatório norte-americano, Food and Drugs Administration (FDA), aprove o medicamento até o fim de 2023. Atualmente, um dos líderes de venda na terapia antiobesidade é o ozempic, da Novo Norkdisk, que promove um percentual de emagrecimento semelhante, segundo pesquisas.

A substância base do medicamento da Lilly é o tirzepatide, já disponível nos Estados Unidos sob a marca Mounjaro, mas como tratamento para adultos com diabetes mellitus tipo 2. Citando dados do ensaio clínico global de fase 3, o laboratório afirmou que o estudo atendeu aos dois principais objetivos. Em 72 semanas, participantes com a doença metabólica registraram reduções médias de peso de 13,4% e 15,7% em 10 mg e 15 mg de tirzepatide, respectivamente, em comparação com 3,3% do placebo.

Além disso, 81,6% e 86,4% dos participantes que usaram, respectivamente, as dosagens de 10mg e 15mg tiveram pelo menos 5% de redução do peso corporal, em comparação com 30,5% no grupo placebo. O tirzepatide também alcançou todos os principais objetivos secundários do estudo, incluindo parâmetros cardiometabólicos, disse o laboratório.

Reações adversas

Os efeitos colaterais gastrointestinais, como náusea e diarreia com gravidade leve a moderada, estavam entre os eventos adversos mais comumente relatados. No entanto, aproximadamente 4% e 7% dos pacientes que receberam doses de 10mg e 15mg, respectivamente, descontinuaram o estudo devido a esses incômodos. No grupo placebo, 4% desistiram antes do fim.

Os resultados ainda serão submetidos à revisão por pares, e a Lilly planeja apresentar os dados em um próximo evento médico. A empresa também pretende concluir a submissão contínua do tirzepatide ao FDA nas próximas semanas para adultos com obesidade ou sobrepeso com doenças associadas ao índice de massa corporal.

Epidemias mais longas de dengue e zika

Um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, prevê que as mudanças climáticas aumentarão as epidemias de zika e dengue no Brasil, com temporadas de transmissão mais longas. Os autores utilizaram um novo modelo computacional para investigar se o calor e as demais alterações associadas às emissões de gases de efeito estufa teriam implicações com a prevalência de doenças transmitidas por mosquitos. "As previsões climáticas juntamente com os modelos de transmissão, conforme usados nesse estudo, fornecem uma fonte de evidências para orientar o planejamento futuro para mitigar os impactos na saúde devido às mudanças climáticas", escreveram os autores do artigo, publicado na revista Plos.