Saturno costuma ser o principal exemplo quando se fala de planetas com anéis. No entanto, o gigante gasoso não é o único do Sistema Solar com os "adereços". Imagens do telescópio espacial James Webb revelaram detalhes inéditos de Urano, que apesar de não ter anéis tão grandes quanto do irmão Saturno, também é envolto pela poeira interestelar.
Imagem divulgada pela Agência Espacial Norte Americana (NASA) e Agência Espacial Europeia (ESA), nesta quinta-feira (6/4), mostra o planeta revelando detalhes de sua atmosfera e de objetos que estão orbitando o sétimo planeta.
Por meio de um comunicado, a NASA apontou que esse é o melhor registro dos anéis de Urano já feito. Anteriormente, a sonda Voyager 2, quando visitou o astro em 1986, e o Observatório W. M. Keck já haviam feito imagens semelhantes desses anéis, mas nunca tão nítidas como os novos registros do Webb.
De acordo com a Agência Espacial Canadense (CSA), para que a imagem fosse feita, foram necessários 12 minutos de exposição, e é apenas o início do que o James Webb ainda pode revelar do planeta. “Estudos adicionais de Urano estão acontecendo agora, e mais estão sendo planejados neste primeiro ano de operações científicas de Webb”, acrescentou.
A imagem também mostra os satélites Ariel, Puck, Miranda, Umbirel, Titânia e Oberon, as 6 mais brilhantes das 27 luas de Urano. Elas recebem esse nome em homenagem aos personagens de Shakespeare e Alexander Pope. Com as novas observações, o supertelescópio também conseguiu flagrar detalhes sem precedentes das características atmosféricas do gigante de gelo e algumas de suas luas.
O JWST está vendo 11 dos 13 anéis de Urano. Vários deles são realmente brilhantes demais para o telescópio espacial, então eles se fundem em um único recurso. Nove dos anéis visíveis são os anéis principais, enquanto dois são os anéis de poeira difusa, como a fraca estrutura laranja mais próxima do planeta.
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Anteriormente, Urano era visto com uma esfera lisa de água-marinha, mas o infravermelho revela que o problema ferve sob sua superfície lisa. Duas nuvens brilhantes são visíveis na imagem, que estão ligadas à atividade de tempestades dentro do planeta. Um está perto do centro do planeta e o outro está localizado perto da calota polar.