Se civilizações extraterrestres inteligentes existirem em algum lugar do Universo fora da Terra, elas podem estabelecer contato com humanos entre 2029 e 2033. A previsão foi obtida por meio de um estudo científico que calculou o tempo em que sinais emitidos por sondas espaciais da Nasa, ao se comunicarem com os centros de controle da empresa em solo terrestre, chegariam até diversas estrelas e poderiam ser respondidos por extraterrestes.
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A análise, feita pelo mestre e pesquisador da Universidade da Califórnia (UCLA) Howard Isaacson e o estudante de engenharia da UCLA Reilly Derrick, foi publicada na revista Astronomical Society of the Pacific no fim de março. A dupla, que trabalha em um núcleo de pesquisa por vida inteligente no universo, analisou várias sondas enviadas pela Agência Espacial dos EUA, a Nasa, e verificou a extensão dos sinais emitidos por ela.
“Essas espaçonaves se comunicaram com as antenas de rádio da Deep Station Network (DSN) para baixar dados científicos e dados de telemetria. As transmissões externas do DSN viajam para a espaçonave e além, para o espaço interestelar”, explica o resumo do estudo.
“Essas transmissões encontraram e encontrarão outras estrelas, introduzindo a possibilidade de que vida inteligente em outros sistemas solares encontre nossas transmissões terrestres”, detalha.
Para saber quais estrelas os sinais encontrariam e quando as encontrariam, os pesquisadores utilizaram o Catálogo Gaia de Estrelas Próximas para mapear a extensão da transmissão dos aparelhos da Nasa. Entre as sondas estudadas estão Voyager 1 e Voyager 2; Pioneer 10; Pioneer 11 e a espaçonave New Horizons.
Os sinais que podem ser respondidos primeiro foram emitidos pela Pioneer 10, que já encontrou uma estrela, a Gaia EDR3 2611561706216413696, em 2002. Se uma civilização inteligente estiver vivendo em torno da anã branca, uma resposta chegará até nós em 2029.
Transmissões feitas por Voyager 2, que já atingiram duas estrelas anãs em 2007, poderão ter um retorno em 2033. Já as outras sondas ainda não atingiram nenhuma estrela ou planeta. É o caso da Voyager 1, que foi lançada ao espaço em 1977, mas irá alcançar o primeiro corpo celeste em 2044 e contatar outras 277 estrelas até 2341.
Apesar das estimativas próximas, os pesquisadores afirmam que as chances — mesmo que pequenas — de obter respostas de supostas civilizações inteligentes aumentam no século 24, quando as sondas terão contatado centenas de estrelas cada uma.
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Além das estrelas, os planetas que orbitam em volta também devem ser atingidos pelos sinais. “Estamos confiantes de que os planetas ao redor das estrelas encontradas também encontrarão as transmissões das espaçonaves. À medida que o feixe (sinal) viaja mais para outras estrelas, esse raio só aumenta, mostrando que podemos assumir que todos os planetas que orbitam cada estrela também encontrarão as transmissões das espaçonaves”, diz.
Ficção imita a realidade? Respostas alienígenas foram retratadas no filme Contato
Howard Isaacson, co-autor do estudo, afirmou que a ideia de que civilizações inteligentes responderiam a sinais de rádio emitidas pela Terra foi prevista pelo astrônomo, professor e escritor Carl Sagan, que escreveu o clássico Contato — que, em 1997, se tornou filme.
Na produção, os alienígenas captaram a transmissão televisiva da abertura dos Jogos Olímpicos de 1936 e enviaram o sinal de volta para a Terra. A péssima primeira impressão, de ter um ditador nas telas de outras civilizações, não poderia ser real: Isaacson explica que sinais de televisão geralmente não conseguem passar pela ionosfera da Terra, mas “a ideia de que alienígenas possam captar um sinal é bastante rebuscada”.
O cientista explica que os sinais emitidos pelas sondas da Nasa são muito mais poderosas que os sinais de TV, já que elas já estão no espaço e podem ter o envio potencializado entre outras regiões do Universo.
Apesar de não ser possível comprovar que os sinais serão respondidos em algum momento, a equipe se orgulha de ter fornecido uma lista completa de sistemas estelares que receberão os sinais e devem ser mantidos em observação para uma possível resposta.
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