Os últimos oito anos foram os mais quentes registrados até hoje, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). E com os recordes de temperaturas, enfrentamos uma quantidade de gases do efeito estufa na atmosfera também nunca contabilizada e um derretimento de geleiras, em 2022, em uma velocidade vertiginosa.
O cenário preocupante é retratado no relatório anual da agência das Nações Unidas sobre o estado do clima mundial. O documento mostra que a temperatura média global em 2022 foi 1,15ºC acima da média de 1850-1900. Além disso, as concentrações de gases do efeito estufa atingiram novos máximos globais em 2021 e continuaram aumentando no ano seguinte.
Quanto ao derretimento das geleiras, o nível do mar bateu recordes, com uma elevação média de 4,62 milímetros por ano, entre 2013 e 2022, mostra o documento. Desde 1970, elas perderam cerca de 30 metros de espessura, e, a cada ano, essa perda se torna maior "Para as geleiras, o jogo já está perdido", disse, à agência France-Presse de notícias(AFP) Petteri Taalas, secretário-geral da OMM.
Apesar do cenário preocupante, Taalas acredita que há esperança. A resposta para amenizar os problemas climáticos pode estar no uso de energia renovável que, segundo ele, está se tornando mais acessível. "No melhor dos casos, ainda poderíamos atingir um aquecimento de 1,5ºC, o que seria o melhor para o bem-estar da humanidade, da biosfera e da economia mundial", afirmou.
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