Um novo buraco na atmosfera do Sol pode causar o aumento do vento solar e atingir o planeta Terra no final desta semana. Na semana passada, um buraco coronal gerou uma forte tempestade geomagnética que colocou os satélites em alerta. O evento é monitorado pelo Instituto Geofísico Fairbanks da Universidade do Alasca.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o buraco coronal é uma região da coroa do Sol que é mais fria devido a campos magnéticos unipolares abertos, por onde escapam partículas que dão origem ao vento solar.
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"Quando aprisionadas nos arcos magnéticos (linhas fechadas de campo magnético), as partículas são aquecidas produzindo as regiões de brilho intenso observado nas imagens solares. Uma vez que as partículas escapam do Sol, essas deixam de ser aquecidas reduzindo assim o brilho observado na coroa e fazendo com que a região do buraco coronal seja mais escura", explica o Inpe.
Esses fenômenos foram observados pela primeira vez em 1973. Já as tempestades geomagnéticas são originadas por ejeções solares que emitem radiação e provocam alterações ao atingirem o campo magnético terrestre.
"Elas ocorrem geralmente quando o Sol está se aproximando do seu nível máximo de atividade (máximo solar), que ocorre em ciclos de 11 anos. As tempestades podem ocasionar problemas tecnológicos, mas não oferecem risco à saúde humana", destaca o Inpe.