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Duas perguntas para...

Bernhard Resch, vice-chefe da Unidade de Pesquisa para Doenças Infecciosas Neonatais da Universidade Médica de Graz, na Áustria

Bernhard Resch, vice-chefe da Unidade de Pesquisa para Doenças Infecciosas Neonatais da Universidade Médica de Graz, na Áustria.
Universidade Médica de Graz/Divulgação - Bernhard Resch, vice-chefe da Unidade de Pesquisa para Doenças Infecciosas Neonatais da Universidade Médica de Graz, na Áustria.

É plausível que outras vias compensem a transferência de microbioma vaginal em bebês que nascem de cesárea?

Faz todo o sentido. Existe uma via chamada enteromamária, bastante comprovada, que é o caminho dos micróbios do intestino materno para as glândulas mamárias. A natureza, certamente, não pretenderia incluir apenas uma via de colonização de bactérias. Me parece muito mais interessante colocar o bebê no peito depois de uma cesariana, para mamar, do que enxugar o rosto dele com um pano embebido em secreção vaginal, como muitas pessoas ainda fazem na chamada semeadura vaginal.

O mesmo microbioma adquirido pelo método de semeadura vaginal é obtido pela amamentação?

É assim que me parece. Do ponto de vista do número de germes, levará mais tempo do que após a semeadura vaginal para que as mesmas quantidades de micróbios cheguem à criança. Porém, no contexto das rápidas mudanças que ocorrem nas primeiras duas semanas de vida, até o microbioma infantil se mostrar equilibrado, abundante e benéfico, provavelmente não é necessário ter densidades microbianas tão altas quanto as obtidas pela semeadura vaginal. Então, a amamentação, em pouco tempo, vai fornecer os micróbios necessários. 

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