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câncer ósseo

Cientistas desenvolvem droga contra câncer que afeta as crianças

Um novo estudo publicado no Journal of Bone Oncology mostra que a nova droga, chamada CADD522, bloqueia um gene associado à propagação do tumor em camundongos implantados com câncer ósseo humano

Pesquisadores da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, desenvolveram uma nova droga que funciona contra todos os principais tipos de câncer ósseo primário, que afetam predominantemente as crianças. O tratamento atual é considerado extenuante, com coquetéis quimioterápicos ultrapassados e, muitas vezes, necessidade de amputação de membros. Apesar de tudo isso, a taxa de sobrevivência em cinco anos é baixa, apenas 42%, especialmente pela rapidez com que a doença se espalha para os pulmões.

Um novo estudo publicado no Journal of Bone Oncology mostra que a nova droga, chamada CADD522, bloqueia um gene associado à propagação do tumor em camundongos implantados com câncer ósseo humano. A substância aumenta as taxas de sobrevivência em 50%, sem a necessidade de cirurgia ou quimioterapia. E ao contrário do tratamento padrão, não causa efeitos colaterais tóxicos, como queda de cabelo, cansaço e enjoo.

"O câncer ósseo primário é um tipo de câncer que começa nos ossos. É o terceiro tumor sólido infantil mais comum, depois do cérebro e do rim, com cerca de 50 mil novos casos todos os anos, em todo o mundo", explica o pesquisador principal, Darrell Green. Segundo ele, a substância poderá ser a descoberta mais importante no campo em mais de 45 anos. "Queremos salvar vidas e reduzir a quantidade de incapacidade causada pela cirurgia. Agora, desenvolvemos uma nova droga que potencialmente promete fazer exatamente isso."

"Estou otimista que, combinado com outros tratamentos, como a cirurgia, a sobrevivência com a droga aumente mais", revela Green. "O novo medicamento que desenvolvemos é eficaz em todos os principais subtipos de câncer ósseo e, até agora, nossos experimentos mostram que não é tóxico para o resto do corpo. Isso significa que seria um tratamento muito mais gentil para crianças com câncer ósseo, em comparação com a quimioterapia extenuante e a amputação de membros que muda a vida que os pacientes recebem hoje", acrescentou.

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