"Quando uma mulher ainda com bebê prematuro, entre 28 e 30 semanas, chega ao pronto socorro com queixa de contrações dolorosas, a gente não sabe se são só um útero irritável, que contrai de forma desorganizada, gerando dor, mas não dilatação do colo, o que vai evoluir para um trabalho de parto prematuro. Ter acesso a uma tecnologia que forneça esse tipo de informação seria bacana porque, caso a gente visse que a paciente não tem contrações organizadas, ficaríamos mais tranquilos em mandá-la de volta para casa. Caso a gente visse que há um padrão organizado de contração que gera dilatação cervical e do colo, poderíamos internar essa mulher e fazer medicação para amadurecer o pulmão e o sistema nervoso central do bebê para que ela nasça em melhores condições. E caso a paciente esteja em um hospital que não tenha UTI neonatal e a gente identifique contração efetiva, poderíamos fazer a transferência para um local mais preparado para receber esse bebê."
Jéssica Othon, ginecologista do Hospital Santa Lúcia
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