câncer ósseo

Cientistas desenvolvem droga contra câncer que afeta as crianças

Um novo estudo publicado no Journal of Bone Oncology mostra que a nova droga, chamada CADD522, bloqueia um gene associado à propagação do tumor em camundongos implantados com câncer ósseo humano

Correio Braziliense
postado em 08/03/2023 06:00
 (crédito:  Neil Hall/Divulgação)
(crédito: Neil Hall/Divulgação)

Pesquisadores da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, desenvolveram uma nova droga que funciona contra todos os principais tipos de câncer ósseo primário, que afetam predominantemente as crianças. O tratamento atual é considerado extenuante, com coquetéis quimioterápicos ultrapassados e, muitas vezes, necessidade de amputação de membros. Apesar de tudo isso, a taxa de sobrevivência em cinco anos é baixa, apenas 42%, especialmente pela rapidez com que a doença se espalha para os pulmões.

Um novo estudo publicado no Journal of Bone Oncology mostra que a nova droga, chamada CADD522, bloqueia um gene associado à propagação do tumor em camundongos implantados com câncer ósseo humano. A substância aumenta as taxas de sobrevivência em 50%, sem a necessidade de cirurgia ou quimioterapia. E ao contrário do tratamento padrão, não causa efeitos colaterais tóxicos, como queda de cabelo, cansaço e enjoo.

"O câncer ósseo primário é um tipo de câncer que começa nos ossos. É o terceiro tumor sólido infantil mais comum, depois do cérebro e do rim, com cerca de 50 mil novos casos todos os anos, em todo o mundo", explica o pesquisador principal, Darrell Green. Segundo ele, a substância poderá ser a descoberta mais importante no campo em mais de 45 anos. "Queremos salvar vidas e reduzir a quantidade de incapacidade causada pela cirurgia. Agora, desenvolvemos uma nova droga que potencialmente promete fazer exatamente isso."

"Estou otimista que, combinado com outros tratamentos, como a cirurgia, a sobrevivência com a droga aumente mais", revela Green. "O novo medicamento que desenvolvemos é eficaz em todos os principais subtipos de câncer ósseo e, até agora, nossos experimentos mostram que não é tóxico para o resto do corpo. Isso significa que seria um tratamento muito mais gentil para crianças com câncer ósseo, em comparação com a quimioterapia extenuante e a amputação de membros que muda a vida que os pacientes recebem hoje", acrescentou.

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