Exploração Espacial

Remanescentes de supernova registrada há 1800 anos são captados, veja

Descoberta no ano 185 D.C por astrônomos chineses, a SN 185 foi a primeira supernova já registrada na história

Camilla Germano
postado em 02/03/2023 18:17 / atualizado em 02/03/2023 18:17
 (crédito: CTIO/NOIRLab/DOE/NSF/AURA T.A. Rector (University of Alaska Anchorage/NSF’s NOIRLab), J. Miller (Gemini Observatory/NSF’s NOIRLab), M. Zamani & D. de Martin (NSF’s NOIRLab))
(crédito: CTIO/NOIRLab/DOE/NSF/AURA T.A. Rector (University of Alaska Anchorage/NSF’s NOIRLab), J. Miller (Gemini Observatory/NSF’s NOIRLab), M. Zamani & D. de Martin (NSF’s NOIRLab))

Uma nova imagem conseguiu mostrar partes remanescentes da supernova mais antiga registrada no mundo. Conhecida como SN 185, a supernova foi registrada por astrônomo chineses há mais de 1800 anos, em 185 D.C, na direção aproximada de Alpha Centauri, entre as constelações de Circinus e Centaurus. Na época, o evento foi classificado como uma "estrela convidada". Lembrando que as supernovas são explosões estelares que ocorre durante o final de vida.

Entretanto, o que foi captado pela equipe da Dark Energy Camera (DECam) montada no Telescópio Víctor M. Blanco de 4 metros no Observatório Interamericano Cerro Tololo no Chile, um programa do NOIRLab da NSF, são os "detritos" dessa explosão. A estrutura RCW 86 são os restos da explosão observada em 185 D.C.

A descoberta intrigou os especialistas pois esperava-se que uma estrutura tão grandiosa como RCW 86 (localizado a 8 mil anos luz da Terra) leva-se cinco vezes mais tempo para ser transformada.

Para entender de fato o quão especial era a descoberta, os astrônomos usaram o observatório Chandra X-Ray para estudar o RWC 86 e perceberam que se movimenta a 2,7 mil quilômetros por segundo.

Além disso, foram encontrado vestígios de ferro, sugerindo que a supernova que explodiu era do Tipo Ia — ou seja, foi uma explosão em um sistema estelar binário em que uma anã branca densa (restos mortais de uma estrela) extrai material de sua estrela companheira até o ponto de detonação.

À medida que a anã branca do sistema binário engoliu o material de sua estrela companheira, os ventos de alta velocidade empurraram o gás e a poeira circundantes para fora, criando a cavidade observadas pelos astrônomos.

"Então, quando a anã branca não conseguiu suportar mais nenhuma massa caindo sobre ela da estrela companheira, ela explodiu em uma violenta erupção. A cavidade formada anteriormente deu amplo espaço para os remanescentes estelares de alta velocidade se expandirem muito rapidamente e criarem as características monumentais que vemos hoje", explicaram os especialistas em comunicado.

Confira as imagens da RWC captadas na íntegra

  • Remanescentes de supernova documentada há mais de 1800 anos são captados CTIO/NOIRLab/DOE/NSF/AURA T.A. Rector (University of Alaska Anchorage/NSF’s NOIRLab), J. Miller (Gemini Observatory/NSF’s NOIRLab), M. Zamani & D. de Martin (NSF’s NOIRLab)

Notícias no seu celular

O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade:

Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE