Pesquisadores italianos criaram um robô inspirado na estrutura anatômica das minhocas. Esses pequenos animais são capazes de rastejar por meio de movimentos sucessivos de alongamento e encurtamento das partes do corpo. O protótipo é visto como ponto de partida para o desenvolvimento de dispositivos de exploração subterrânea, operações de busca em espaços fechados e até na possível exploração de outros planetas.
Segundo a pesquisa, é importante se inspirar na natureza para desvendar fenômenos biológicos e desenvolver novas tecnologias, pois oferece vários exemplos de animais que usam a flexibilidade dos corpos e capacidade de gerar ondas físicas para se locomover e explorar ambientais, como as cobras, caracóis e lagartas.
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A equipe do Instituto Italiano of Technology estudou a morfologia das minhocas para poder reproduzir a característica de locomoção pelo movimento de ondas peristálticas retrógradas. Os segmentos individuais dos corpos desses anelídeos possuem uma quantidade específica de fluido que controla a pressão interna, a fim de exercer forças e realizar padrões de movimentos independentes.
Os pesquisadores desenvolveram um atuador peristáltico que simula os movimentos musculares da minhoca. O instrumento se alonga quando o ar é bombeado e se comprime quando o ar é extraído. A estrutura do protótipo mede 45 centímetros, pesa 605 gramas e é formado por cinco módulos.
Para impulsionar o robô em uma superfície plana, a equipe colocou pequenas almofadas que lembram as cerdas das minhocas para gerar atrito. A invenção robótica conseguiu se locomover a uma velocidade de 1,35 mm/s, ou seja, a cada 10 segundos ele andou 1,35 centímetros.
"Para demonstrar as capacidades de locomoção de robôs em ambientes como o habitat natural da minhoca, um entendimento completo e a aplicação de sua mecânica de locomoção são essenciais no desenvolvimento de um robô flexível", destacaram os autores da pesquisa.
O protótipo também se locomoveu por superfície granulada e tubo com diâmetro interno de 60 mm. "Ao considerar uma configuração variável, o robô pode explorar diferentes marchas e ser utilizado para locomoção em outros ambientes confinados. Os padrões de marcha precisam ser otimizados para entender o efeito nos parâmetros em questão, como deslizamento de âncora e velocidade de locomoção", emendaram os pesquisadores.
A pesquisa foi publicada na revista Scientific Reports e pode ser acessada na íntegra neste link.
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