MEDICINA

Suplementos de vitamina D ajudam a prevenir demência, aponta estudo

Pesquisadores canadenses encontraram 40% menos diagnósticos de demência no grupo que tomava vitamina D em acompanhamento médico feito com 12.388 participantes que tinham, em média, 71 anos

Roberto Fonseca
postado em 01/03/2023 12:06 / atualizado em 01/03/2023 12:22
 (crédito: Danie Franco/Unsplash)
(crédito: Danie Franco/Unsplash)

Pesquisadores do Instituto Hotchkiss Brain, da Universidade de Calgary, no Canadá, encontraram indícios de que suplementos de vitamina D podem ajudar a prevenir a demência. Em estudo realizado com 12.388 participantes do Centro Norte-Americano de Coordenação do Alzheimer que tinham, em média, 71 anos e não apresentavam quadro de demência, 37% tomavam suplementos de vitamina D — as principais fontes alimentares são carnes, peixes e frutos do mar, como salmão, sardinha e mariscos, e alimentos como ovo, leite, fígado, queijos e cogumelos. A exposição ao Sol também é outra fonte importante de absorção da vitamina.

Após o cruzamento de dados, conforme publicação feita na Alzheimer e demência: diagnóstico, avaliação e monitoramento de doenças, os pesquisadores encontraram 40% menos diagnósticos de demência no grupo que tomava vitamina D. Em toda a amostra, 2.696 participantes evoluíram para demência ao longo de 10 anos; entre eles, 2.017 (75%) não tiveram exposição à vitamina D durante todas as consultas antes do diagnóstico de demência e 679 (25%) tiveram exposição inicial.

Segundo o professor Zahinoor Ismail, da Universidade de Calgary e da Universidade de Exeter, que liderou a pesquisa, "as descobertas fornecem informações importantes sobre grupos que podem ser especificamente direcionados para a suplementação de vitamina D. No geral, encontramos evidências que sugerem que a suplementação precoce pode ser particularmente benéfica, antes do início do declínio cognitivo".

Embora a vitamina D tenha sido eficaz em todos os grupos, a equipe descobriu que os efeitos foram significativamente maiores nas mulheres, em comparação com os homens. Os efeitos da vitamina D também foram significativamente maiores em pessoas que não carregavam o gene APOEe4, conhecido por apresentar maior risco de demência de Alzheimer, em comparação com não portadores. Os autores sugerem que as pessoas que carregam o gene APOEe4 absorvem melhor a vitamina D do intestino, o que pode reduzir o efeito da suplementação de vitamina D. No entanto, nenhum nível de sangue foi coletado para testar essa hipótese.

"Prevenir a demência ou mesmo retardar seu início é de vital importância, dado o número crescente de pessoas afetadas. A ligação com a vitamina D neste estudo sugere que tomar suplementos de vitamina D pode ser benéfico na prevenção ou retardo da demência, mas agora precisamos de ensaios clínicos para confirmar se esse é realmente o caso", completa o professor Byron Creese, da Universidade de Exeter.

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