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China: aumento de infecções por covid não criou novas cepas, diz estudo

O aumento de casos de covid-19 após o fim da rígida política chinesa de controle sanitário não resultou no surgimento de variantes desconhecidas do Sars-CoV-2. Autores estudaram infecções em Pequim e avaliam que o resultado vale para o resto do país

Vigilância global

Para James Naismith, professor de biologia estrutural da Universidade de Oxford, que não participou do estudo, o monitoramento é necessário não apenas na China, mas em todo o mundo. "Novas variantes da covid-19 continuam a surgir em todos os lugares", diz. "É preciso considerar duas questões-chave. Primeiro: com que eficácia uma nova variante evita a imunidade? Segundo: uma nova variante tem maior probabilidade de causar doenças graves?."

O especialista lembra que, até o momento, todas as cepas apresentam risco de doença grave em pessoas não vacinadas e vulneráveis. "Não há nenhuma lei da biologia que impeça novas variantes de serem mais brandas", diz. Naismith afirma, ainda, que na impossibilidade de se evitar o surgimento de cepas do Sars-CoV-2, a medida mais eficaz para evitar casos graves é investir em vacinação. "Vacine-se e fortaleça-se. Se você estiver infectado ou sintomático, isole-se em casa, se possível."

Em um comentário sobre o estudo publicado na The Lancet, Wolfgang Preiser e Tongai Maponga, da Universidade de Stellenbosch, na África do Sul, consideram os dados "bem-vindos e reconfortantes", mas recomendam cautela porque eles se referem a Pequim e não à China na totalidade. "O perfil epidemiológico molecular do Sars-CoV-2 em uma região de um país vasto e densamente povoado não pode ser extrapolado para todo o país. Em outras regiões da China, outras dinâmicas evolutivas podem se desenrolar, possivelmente incluindo espécies animais que podem ser infectadas por seres humanos e 'transmitir' um vírus ainda mais evoluído", alertam os especialistas, que não participaram da pesquisa.

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