Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveram um coração robótico, feito em uma impressora 3D, capaz de imitar a capacidade do órgão de bombear sangue. O feito científico tem o objetivo de ajudar os médicos a adaptar os tratamentos de acordo com a forma ou funções cardíacas de cada paciente, auxiliando, também, a encontrar o melhor implante.
“Todos os corações são diferentes. Existem variações enormes, especialmente quando os pacientes estão doentes. A vantagem do nosso sistema é que podemos recriar não apenas a forma do coração de um paciente, mas também sua função tanto na fisiologia quanto na doença”, explica Luca Rosalia, estudante de pós-graduação em ciências e tecnologias da saúde e um dos autores da pesquisa, ao MIT News.
- Cientistas estudam remédio que pode fazer o coração durar mais fora do corpo
- Pesquisadores desenvolvem condutor elétrico criado dentro do corpo
- Protótipo de coração é o primeiro impresso em 3D com uso de tecidos humanos
A impressão do órgão muscular não é novidade na ciência. No entanto, a réplica desenvolvida pelos cientistas do MIT é "macia e flexível". Para a pesquisa foi necessário converter imagens médicas do coração de um paciente em um modelo de computador tridimensional. Esse procedimento também pode ser utilizado para imprimir uma aorta, que é a principal artéria a transportar o sangue do coração para o resto do corpo.
Para imitar a ação de bombear sangue do coração, os pesquisadores usaram uma espécie de "manga" conectada a um sistema pneumático. Esse sistema é composto por uma série de componentes interconectados, que utilizam ar comprimido para realizar movimento em instrumentos automatizados.
Segundo os autores, a impressão também pode ser usado em laboratórios de pesquisa ou na indústria de dispositivos médicos para testar terapias para diversos tipos de doenças cardíacas, que são a principal causa de morte da população mundial, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em janeiro de 2020, a equipe de pesquisa, liderada pela professora de engenharia mecânica Ellen Roche, já tinham desenvolvido um modelo de coração híbrido biorobótico. A réplica foi feita com músculo sintético e pequenos cilindros infláveis, sendo possível imitar as contrações de um coração batendo. Desde então, os pesquisadores continuam trabalhando para aprimorar as réplicas do órgão.
“Há muito interesse na área médica em usar a tecnologia de impressão 3D para recriar com precisão a anatomia do paciente para uso no planejamento e treinamento pré-procedimentos”, pontua Sophie Wang, uma das pesquisadoras envolvidas no estudo. Na nova pesquisa, a equipe produziu modelos personalizados de corações de pacientes reais, usando uma tinta à base de polímero.
Como cada coração é diferente, os pesquisadores ressaltam que a abordagem da pesquisa é promissora e inclusiva. “Não estamos apenas imprimindo a anatomia do coração, mas também replicando sua mecânica e fisiologia. Essa é a parte que nos entusiasma. Projetar inclusivamente para uma grande variedade de anatomias e testar intervenções em toda essa faixa pode aumentar a população-alvo endereçável para procedimentos minimamente invasivos", conclui a professora Roche.
O estudo foi publicado na revista Science Robotics e pode ser acessado na íntegra neste link.
Saiba Mais
- Diversão e Arte Atriz pornô revela que mordeu pênis de ator em cena: "Estava sendo um babaca"
- Economia Quem optar por receber restituição do IR 2023 por Pix terá prioridade nos lotes
- Política Com centrais sindicais, Lula cria grupo para valorizar salário mínimo
- Ciência e Saúde Americanos afirmam que sono de qualidade pode aumentar vida em até 5 anos
Notícias no seu celular
O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade:
Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida.
Cobertura do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!
Saiba Mais
- Brasil Motorista de aplicativo bate em viatura da PM para fugir de sequestro no ABC
- Cidades DF Dois homens suspeitos de violência doméstica são presos em Vicente Pires
- Política "Herança maldita da escravidão terá atenção que merece", diz ministro na ONU
- Mundo O traficante de drogas que fez plásticas para se passar por coreano
- Economia Brasil deve ter piloto de moeda digital já no próximo mês, diz Campos Neto
- Economia Número de brasileiros com dívidas em atraso volta a bater recorde
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.