Cerca de 4 milhões de mulheres nunca procuraram atendimento ginecológico. O dado integra a pesquisa “Expectativa da mulher brasileira sobre sua vida sexual e reprodutiva: as relações dos ginecologistas e obstetras com suas pacientes”, encomendada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e conduzida pelo Instituto Datafolha.
A situação se mostra preocupante, em especial se levarmos em conta que são justamente consultas regulares desse tipo que possibilitam a prevenção às doenças, além de haver vantagens adicionais, como um melhor planejamento da gravidez, para aquelas que sonham com a maternidade. E, relacionado a isso, o último estudo da Famivita constatou que 43% das brasileiras não fazem exames ginecológicos de rotina.
Foi observado, além disso, que principalmente as mulheres mais jovens, na faixa etária dos 18 aos 24 anos, não fazem esse tipo de consulta, com 58% respondendo negativamente. Já dos 25 aos 29 anos, 34% delas explicaram não buscar atendimento ginecológico de modo rotineiro. No que se refere às mulheres tentando engravidar, 64% afirmaram efetuar essa visita de rotina.
Os dados coletados por estado mostraram que Roraima é a localidade em que mais brasileiras fazem essa espécie de exame. Em seguida, vêm Sergipe e Espírito Santo, com 69% e 67%, respectivamente. Em São Paulo, 61% delas responderam que sim, esse exame é realizado com frequência.
Profissional primordial
É interessante ressaltar que também é por meio das consultas a este profissional que as adolescentes obtêm orientações importantes, pertinentes ao crescimento saudável e ao início da vida sexual, ou seja, é primordial o papel do ginecologista nas várias fases atravessadas pela mulher.
A pesquisa, solicitada pela Federação, mostrou que as pacientes reconhecem isso, posto que, quando questionadas sobre qual especialidade médica é a mais essencial à saúde feminina, cerca de 8 a cada 10 citaram esse ramo da medicina. Na sequência, as participantes mencionaram clínica geral e cardiologia.
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