Todo mundo quer envelhecer feliz, com saúde, disposição e autonomia para não depender de ninguém. É possível, mas esse é um caminho que precisa começar a ser trilhado agora. Quanto mais cedo a caminhada começa, de preferência na juventude, maior a garantia de atingir o objetivo. “Tão importante quanto a genética, que determina nossas predisposições a certas doenças, podemos enfrentar isso e definir como vamos envelhecer. Tudo o que consumimos e fazemos, e até mesmo os sentimentos bons e ruins, influenciam a forma como chegaremos na terceira idade. Ou seja: a gente decide hoje como vai ser a nossa velhice”, afirma Diogo Cirico, nutricionista funcional e responsável técnico pela Growth Supplements.
Essa decisão passa por escolhas importantes que não podem mais esperar. A mais imediata é não fumar. Se é o seu caso, aproveite esta oportunidade e pare agora. Praticar atividade física e moderar o consumo de álcool também é obrigatório.
Cirico explica que o corpo humano precisa parar para repor as energias, portanto, boas noites de sono são indispensáveis. “O corpo é a única máquina que quanto mais usamos, menos ela se desgasta, mas mesmo assim algum desgaste naturalmente vai acontecer com o tempo. Um sono adequado repõe as energias e isso faz toda a diferença lá na frente”, observa.
Recomendações para uma velhice saudável
- Tenha boas noites de sono
- Gerencie o estresse
- Pratique a atenção plena
- Aprenda algo novo sempre
- Passe tempo com os amigos
- Não fume
- Controle o consumo de álcool
- Pratique atividade física regularmente
- Tenha uma alimentação saudável
Passe tempo com os amigos
Felicidade e longevidade andam juntas, por isso passar tempo com a família e os amigos é uma dica valiosa. “Ter conexões sociais é o mais forte indicador de felicidade. Pessoas felizes estão sempre cercadas de amigos. E é esse contato humano que renova a nossa energia”, indica Cirico.
Mente sã
Cirico explica que o cérebro precisa estar em constante atividade e em aprendizagem para chegar afiado na terceira idade. “Tanto faz se for um livro técnico, palavras cruzadas ou um hobby, o importante é reservar uma parte do seu tempo para atividades em que aprenda algo novo. Isso estimula a saúde dos neurônios e as interações entre eles, chamadas de conexões neurais. Cérebro também se treina e esse treino é o constante aprendizado, fundamental para ter um cérebro saudável na velhice. Ler um novo livro frequentemente está para a saúde do cérebro, assim como está uma uma rotina de treinamento físico para o sistema músculo esquelético”, exemplifica.
Respire, inspire
O grande perigo do século passado eram as doenças infecciosas. Agora, o desafio para envelhecer bem é gerenciar o estresse. Como enfrentamos diversas formas de estresse, não há uma fórmula única e mágica, mas há estratégias que todos podem usar. “Para alguns, basta reorganizar a rotina diária de tarefas, outros adotam um hobby. Atividades como ioga, tai chi chuan, meditação e uso de técnicas de respiração também têm bons resultados”, enumera.
Reavalie seu prato agora mesmo
Diogo Cirico explica que, entre as mudanças de vida, a alimentação é a que mais influencia na qualidade de vida. “Não existe atalho. O único caminho passa pelo alto consumo de frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e aves, consumo moderado de laticínios, baixo de açúcares e, moderado em gorduras saturadas e alimentos processados”, explica o nutricionista.
Comece a se mexer
A atividade física ajuda na manutenção da massa e da função muscular, fundamentais para garantir autonomia para a pessoa idosa. “O exercício estimula o sistema musculoesquelético e isso acaba estimulando todos os outros sistemas do nosso organismo. Ele promove eficiência para o sistema nervoso central, afasta os riscos de doença neurodegenerativa, como Alzheimer, combate quadros de ansiedade, insônia e angústia”, lista o especialista. O recomendável, diz Cirico, é fazer no minimo 150 minutos de exercícios por semana, que podem ser divididos em cinco vezes de 30 minutos, por exemplo.
Atenção ao que importa
Durante o dia somos expostos a uma série de estímulos, poluição visual e auditiva. “Isso torna mais difícil ter atenção plena naquilo que estamos fazendo. Quando não consigo perceber as coisas por completo, posso passar a ver o copo sempre ‘meio vazio’. Medir a importância dos problemas nos ajuda a perceber que muitos não merecem tanta atenção. Podemos treinar o nosso cérebro para praticar a atenção plena e ver as coisas boas que acontecem ao nosso redor”, completa.
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