Para alguns, dias de descanso. Para outros, dias de curtição. É neste clima que o carnaval começa a dar as caras no Brasil depois de dois anos sem ocorrer a famosa festa momesca que altera a agenda não apenas do país, mas sim do mundo. No entanto, muitas pessoas usam essa data como forma de “escape” para esquecer dos problemas usando substâncias químicas.
“Estas festividades trazem com elas propagandas de incentivo ao uso, como por exemplo as campanhas de bebidas. Muitas pessoas usam as drogas durante o carnaval para potencializar o prazer. Elas se sentem mais à vontade para fazer coisas que nunca fizeram antes. Durante o uso, o corpo produz sensações de euforia e desinibição. Além disso, a maioria das substâncias diminui o sono e aumenta a disposição física”, explica Paulo Pacheco, educador físico pós-graduado em dependência química e pPromoção da saúde e consultor em dependência química do Centro Vida Araricá, clínica de reabilitação para homens portadores de Transtorno por Uso de Substâncias (TUS), em Araricá (RS).
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Entre os principais consumos estão o álcool, tabaco, maconha, cocaína, inalantes como lança-perfume, ecstasy e LSD. “Podemos destacar alguns sintomas durante e depois do uso dessas drogas como euforia, prazer intenso, agitação, sensação de poder, aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, distorção da realidade, impulsividade, desinibição. As pupilas ficam dilatadas, olhos vermelhos, agitação, alegria extema, perda do juízo crítico, os reflexos motores ficam prejudicados e algumas pessoas podem ficar agressivas”, revela Pacheco.
O Centro Vida de Araricá é uma clínica de reabilitação das poucas no Rio Grande do Sul que não fazem uso do cigarro durante o tratamento. No Instagram da clínica, é possível acompanhar diariamente dicas de como lidar com o dependente e os sintomas de uma possível dependência química.
Caso a família ou os amigos desconfiem de que a pessoa esteja passando mal após o uso de alguma destas substâncias, "a primeira coisa a se fazer é fazer uma avaliação por meio de sinais e de perguntas do que a pessoa está sentindo. Depois encaminhá-la ao posto de saúde mais próximo”, finaliza o educador.
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