A internet se tornou importante ferramenta na vida das pessoas nos últimos anos, seja pelos aparelhos eletrônicos e até mesmo para a convivência social on-line. E uma tecnologia próxima — que está em alta — é a Internet das Coisas (IoT, na sila em inglês), contudo, ao invés de conectar as pessoas, busca conectar os objetos.
De acordo com o especialista Paulo Miyagi, membro sênior do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) e professor na área de automação da manufatura na Escola Politécnica Universidade de São Paulo (USP), a ideia da tecnologia é que praticamente todos os objetos do dia a dia têm capacidade computacional, de comunicação — e se conectam à internet.
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Na prática, a tecnologia é aquela que consegue conectar objetos como lâmpada, uma porta, um chapéu, uma sacola, além máquinas e eletrodomésticos à internet e podem assegurar uma maior praticidade no cotidiano. Em produtos, artefatos e serviços em geral, por exemplo, está a possibilidade de coleta de dados e o uso dessa coleta por usuários em empresas, que podem estar envolvidas na melhora e na otimização de desempenho, de produtividade, de qualidade, de eficiência, de segurança, e eficácia.
"As aplicações são muito mais que apenas a possibilidade de comunicação entre objetos e pessoas e aprimoramento dos produtos e serviços que conhecemos hoje na sociedade urbana e rural, processos industriais, atividades comerciais, saúde, entretenimento, educação, etc.", explica Miyagi.
Pode até parecer um exagero, mas a IoT também pode salvar vidas, uma vez que viabiliza a monitoração remota e individualizada das pessoas para auxiliar tanto o acompanhamento das condições físicas e de saúde como também comportamentos e identificação de ambientes — para indicar alguma situação de perigo, por exemplo. "No primeiro caso, a IoT pode ser usada por um serviço que prevê a ocorrência de problemas de saúde, tipo tromboses e outros problemas cardíacos, e, no segundo caso, pode ser usada por um serviço que informa as autoridades da ocorrência de acidentes domésticos e até para sinalização de regiões com pessoas suspeitas", acentua o especialista.
Em uma expectativa para o futuro, Paulo acredita que daqui a 20 anos a IoT estará diretamente envolvida na rotina das pessoas. "Considerando casos como o do Google, que foi fundado em 1998, e o Whatsapp, que foi criado em 2009, pode-se imaginar que daqui há 5 anos já teremos uma influência concreta da IoT em algumas aplicações", pontua também.
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