Um asteroide recém-descoberto passará, nesta quinta-feira (26/1), mais perto da Terra do que a distância entre o município de Oiapoque, no Amapá, ao Chuí, no Rio Grande do Sul — os dois extremos de norte a sul do Brasil. Segundo a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), o corpo celeste tem de 3,5m a 8,5m de diâmetro e estará apenas a 3.600 quilômetros acima da superfície terrestre e bem dentro da órbita dos satélites geossíncronos. "O asteroide 2023 BU tem aproximadamente o tamanho de um caminhão baú e está previsto para fazer uma das aproximações mais próximas de um objeto próximo da Terra já registrado", afirmou a Nasa.
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A distância será tão curta que espera-se que o caminho do asteroide ao redor do Sol seja significativamente alterado. Antes de encontrar a Terra, a órbita era aproximadamente circular. Após o encontro, a órbita do corpo celeste será possivelmente mais alongada. O 2023 BU completará uma órbita a cada 425 dias.
A previsão é que o asteroide passe pelo extremo sul da América do Sul por volta das 21h, no horário de Brasília. Entretanto, apesar da proximidade com a Terra, o corpo celeste não representa riscos e não impactará a superfície terrestre e, mesmo que isso acontecesse, ele se transformaria em uma bola de fogo e se desintegraria de maneira inofensiva na atmosfera.
O asteroide foi descoberto pelo astrônomo amador Gennadiy Borisov no sábado (21/1). Ele também foi o responsável pela descoberta do cometa interestelar 2I/Borisov. Contudo, apesar da impressionante proximidade, as chances de visualizar o asteroide a olho nu são baixas porque ele passará no extremo sul da região sul-americana. No entanto, o canal The Virtual Telescope Project transmitirá o fenômeno ao vivo no Youtube.
Acompanhe a passagem do asteroide 2023 BU:
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