Uma câmara de magma foi descoberta borbulhando no vulcão submarino Kolumbo, localizado perto de Santorini, na Grécia. A descoberta foi possível por meio de uma nova técnica de imagens de alta resolução de propriedades de ondas sísmicas. Magma é uma massa mineral pastosa em estado de fusão e esse achado aponta para as chances de erupção futura.
Os pesquisadores recomendaram o monitoramento em tempo real para poder estimar quando a erupção pode ocorrer. Há quase 400 anos, o vulcão submarino rompeu a superfície do mar e entrou em atividade, matando cerca de 70 pessoas. A descoberta da câmara de magma é fruto de estudo pioneiro no uso de imagens sísmicas de inversão de forma de onda completa.
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“A inversão da forma de onda completa é semelhante a um ultrassom médico. Ela usa ondas sonoras para construir uma imagem da estrutura subterrânea de um vulcão", explicou Michele Paulatto, vulcanologista do Imperial College London.
O estudo identificou que, desde a última erupção do Kolumbo, em 1650 EC (Era Comum - o mesmo que "Depois de Cristo"), a câmara de magma vem crescendo a uma taxa média de aproximadamente 4 milhões de metros cúbicos por ano.
“Com estudos como este podemos aprender mais sobre como as estruturas vulcânicas funcionam, o que esperar e onde esperar, e podemos usar isso para projetar sistemas de monitoramento de vulcões submarinos", pontuou o geofísico Jens Karstens.
O estudo foi publicado no periódico Geochemistry, Geophysics and Geosystems da AGU e pode ser acessado na íntegra neste link.
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