Jornal Correio Braziliense

Poucas informações

Tendo em vista os riscos das substâncias per e polifluoralquílicas (PFAS) ao organismo humano, especialistas alertam para a necessidade de uma regulamentação que impeça as descargas desses químicos. Tasha Stoiber, coautora do artigo, afirma que os resultados apoiam a urgência dessas medidas. "Não existe um método prático para tratar as águas superficiais para a poluição de PFAS. Portanto, fechar a torneira é o que é necessário, o que inclui reduzir as descargas e acabar com os usos não essenciais de PFAS. E as empresas produtoras de PFAS devem ser responsabilizadas pela poluição", declara."O que também é necessário é uma orientação de proteção à saúde atualizada para o consumo de peixe. Alguns estados norte-americanos têm avisos atuais, mas muitos são baseados nos antigos níveis de aconselhamento de saúde vitalícios de 2016 da EPA", diz.

No Brasil, não existe uma regulamentação específica que trate sobre esses produtos. O professor de Saúde Ambiental do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva Armando Meyer explica que essas políticas são responsabilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Existem coisas muito pontuais, como uma companhia de água utilizar padrões americanos, mas não há uma regulamentação por parte da agência. Imagino que vá chegar ao Brasil, mas com alguma demora", pontua.

Os estudos direcionados a esses compostos são recentes, assim, as regulamentações começaram a surgir há pouco tempo, afirma Meyer. O especialista explica que na Europa e nos Estados Unidos algumas existem normas, mas ainda muito simples. "Alguns países da Europa estão produzindo diretrizes mais restritivas: Alemanha, Holanda, Suécia e Dinamarca anunciaram formalmente a intenção de submeter uma restrição total desses produtos ao consumo humano", destaca.