O medicamento Ambroxol, comumente usado contra as doenças respiratórias e no alívio da tosse, será testado como tratamento para Parkinson. O estudo é liderado por pesquisadores da University College London (UCL), em Londres, e avaliará a eficácia do remédio em 330 pessoas com a doença neurológica que afeta o movimento, causando, por vezes, tremores e rigidez muscular.
“Estou muito feliz por liderar este projeto emocionante. Esta será a primeira vez que um medicamento aplicado especificamente a uma causa genética da doença de Parkinson atinge esse nível de teste e representa dez anos de trabalho extenso e detalhado em laboratório e em um teste clínico de prova de princípio", disse o professor Anthony Schapira.
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Em 2009, um estudo apontou que o Ambroxol aumentou os níveis da enzima glucocerebrosidase (GCase) em pacientes com a doença genética rara Gaucher, que possuem predisposição a desenvolver Parkinson - embora a conexão entre as duas doenças ainda não seja totalmente compreendida pelos cientistas.
“Assim que o teste do Ambroxol estiver em andamento, será um dos apenas seis testes de Fase 3 de registro público de medicamentos potencialmente modificadores da doença no Parkinson, em todo o mundo”, disse Will Cook, CEO da instituição de caridade Cure Parkinson's, uma das financiadoras da pesquisa.
Em 2020, a equipe de pesquisadores testaram o medicamento e observaram que o Ambroxol foi capaz de atingir o cerébro dos pacientes e aumentar os níveis de glucocerebrosidase. O remédio também foi considerado seguro e bem tolerado pelas pessoas com Parkinson. O estudo agora segue para a fase 3, que será feita em larga escala. O comunicado da pesquisa pode ser acessado na íntegra neste link.
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