Marca de mão misteriosa é descoberta em fosso milenar de Jerusalém

O fosso tinha a função de impedir que inimigos invadissem a cidade nas expedições militares conhecidas como Cruzadas, que ocorreram na Idade Média

Correio Braziliense

postado em 25/01/2023 13:19

(crédito: Divulgação/Yoli Schwartz/Israel Antiquities Authority)

Uma marca de mão misteriosa foi descoberta em um fosso seco de mil anos na Cidade Velha de Jerusalém. Os arqueólogos ficaram perplexos com o achado e ainda não há explicações acerca da impressão. “Isso simboliza alguma coisa? Ele aponta para um elemento próximo específico? Ou é apenas uma brincadeira local? O tempo pode dizer ”, disseram os pesquisadores em comunicado da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês), nesta quarta-feira (25/1).

O fosso milenar tem aproximadamente 10 metros de largura e entre dois a sete metros de profundidade. A estrutura tinha a função de impedir que inimigos invadissem a cidade nas expedições militares conhecidas como Cruzadas, que ocorreram na Idade Média e foram incentivadas pela Igreja Católica.

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"As defesas eram tão fortes que o exército cruzado que chegou em junho de 1099 levou cerca de cinco semanas para cruzar o fosso enquanto os defensores judeus e muçulmanos revidavam. Na era das batalhas de cavaleiros, espadas, flechas e cavalaria em ataque, as fortificações de Jerusalém eram formidáveis e complexas, com paredes e elementos para conter grandes exércitos que atacavam a cidade", explicou Amit Re'em, diretor regional de Jerusalém do IAA ao jornal The Times of Israel.

O fosso também tinha túneis secretos que só foram descobertos em escavações recentes. Esses espaços eram utilizados para facilitar o ataque aos invasores, com a produção de gases nocivos pela queima de enxofre, por exemplo. Segundo Eli Escuzido, tambpem diretor da IAA, os achados arqueológicos auxiliam na compreensão dos acontecimentos dramáticos que Jerusalém já passou. Ainda de acordo com o especialista, provavelmente as descobertas ficarão disponíveis para exibição pública no futuro.

Veja o vídeo do achado arqueológico: