MUNDO

Relógio do juízo final acelera e agora só faltam 90 segundos para apocalipse

Criado por cientistas nucleares, o Doomsday Clock, "relógio do juízo final", tenta calcular a probabilidade de eventos catastróficos levarem ao fim da vida no planeta

Maryanna Aguiar — Especial para o Correio
postado em 24/01/2023 15:31
 (crédito: AFP/Nasa/Divulgação)
(crédito: AFP/Nasa/Divulgação)

O importante grupo de cientistas nucleares - Bulletin of the Atomic Scientists - anunciou, nesta terça-feira (24/1), que o fim do mundo está mais próximo do que nunca. O grupo criou um mecanismo para alertar o planeta sobre os riscos de um potencial apocalipse: o “doomsday clock”, ou o relógio do juízo final – em uma tradução livre.

A lógica do Relógio é: quanto mais perto da meia-noite estiverem os ponteiros do relógio, mais próximo estará também o mundo do seu fim. Este ano, o grupo de cientistas anunciou que estamos a 90 segundos do fim do mundo, o mais perto que o relógio do juízo final já chegou da meia-noite desde sua criação, em 1947. Um fator importante para isso foram as ameaças da Rússia sobre usar armas nucleares contra a Ucrânia.

Como funciona o relógio do juízo final

O relógio é considerado uma boa ideia de marketing para fomentar a discussão sobre eventos catastróficos, mas não uma medição exata de quanto tempo ainda resta no planeta. Apesar da explicação simples, a posição dos ponteiros do relógio é determinada por uma série de cálculos matemáticos complexos que medem a probabilidade real dos eventos acontecerem.

Entre eles estão guerras nucleares, doenças epidêmicas e mudanças climáticas. O relógio foi criado logo depois da Segunda Guerra Mundial, quando os cientistas, entre eles o físico Albert Einstein, começaram a se preocupar com a corrida armamentista entre Estados Unidos e União Soviética.

Quando a contagem começou, o relógio estava a sete minutos da meia-noite. Em meio às tensões nucleares, o relógio chegou a marcar dois minutos para o fim do mundo, em 1953. Com o fim da guerra fria, voltou para 17 minutos. No início deste século com o avanço das mudanças climáticas e ameaças nucleares da Coréia do Norte, ele voltou a marcar dois minutos. Em 2021 e 2022, o relógio chegou a marcar 100 segundos para a meia-noite, por causa da pandemia da covid-19 e dos riscos de uma nova corrida armamentista.

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