A agência federal reguladora dos alimentos e medicamentos nos Estados Unidos (FDA) autorizou nesta sexta-feira (6) um novo medicamento, bastante esperado, contra o Alzheimer, destinado a reduzir o declínio cognitivo em pacientes que sofrem dessa doença neurodegenerativa.
O novo tratamento, que será comercializado pela farmacêutica Eisai sob o nome Leqembi, é recomendado pela FDA para pacientes que ainda não tenham atingido um estágio avançado da doença. Ele representa "um passo importante em nossa batalha para tratar de forma eficaz a doença de Alzheimer", que afeta cerca de 6,5 milhões de americanos, ressaltou a agência.
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O Leqembi, cujo princípio ativo se chama lecanemab, ataca os depósitos de uma proteína chamada beta-amiloide. Embora a causa do Alzheimer continue sendo pouco conhecida, os pacientes apresentam placas amiloides no cérebro, que se formam ao redor dos neurônios e os destroem, o que provoca a perda de memória característica da doença.
A autorização da FDA se baseia nos resultados de testes clínicos que mostraram que o medicamento ajudou a reduzir as placas amiloides. A agência também menciona os resultados de testes clínicos mais amplos, publicados recentemente em uma revista científica.
Esses estudos, que envolveram cerca de 1.800 pessoas acompanhadas por 18 meses, revelaram uma redução de 27% no declínio cognitivo em pacientes tratados com o lecanemab. Mas os testes clínicos também mostraram efeitos colaterais graves: alguns dos pacientes sofreram hemorragias cerebrais. Além disso, uma pessoa morreu.
Este é o segundo tratamento para o Alzheimer aprovado recentemente pela FDA, depois do Aduhelm, cujo lançamento, em 2021, não obteve o êxito esperado.
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