Exploração Espacial

James Webb: veja imagens de estrelas jovens no início da formação

Além de chamar a atenção pela beleza, as primeiras imagens feitas com os telescópio em abril podem ser a chave para entender como estrelas e o Sol se formaram

As imagens surpreendentes capitadas pelo telescópio James Webb da Nasa e divulgadas no dia 12 de julho seguem dando o que falar. No registro feito da Nebulosa de Carina (também conhecida como Penhascos Cósmicos), especialistas conseguiram identificar algumas estrelas jovens em estágios iniciais de formação.

"O que o James Webb nos dá é uma 'espiada' no tempo para ver a quantidade de formação de estrelas que está acontecendo no que pode ser um canto mais típico do universo que não pudemos ver antes”, fundamenta a astrônoma Megan Reiter, da Rice University que liderou o estudo.

NASA, ESA, CSA e STScI. Processamento de imagem: J. DePasquale (STScI) - Dezenas de jatos e fluxos anteriormente ocultos de estrelas jovens são revelados nesta nova imagem dos Penhascos Cósmicos da Câmera de infravermelho próximo (NIRCam) do Telescópio Espacial James Webb da NASA. Nesta imagem, vermelho, verde e azul foram atribuídos aos dados NIRCam do Webb em 4,7, 4,44 e 1,87 mícrons (filtros F470N, F444W e F187N, respectivamente)

Foram identificadas duas dúzias de fluxos de saída anteriormente desconhecidos de estrelas extremamente jovens reveladas pelo hidrogênio molecular — um ingrediente vital para fazer novas estrelas e um excelente rastreador dos estágios iniciais de sua formação e um excelente rastreador dos estágios iniciais de sua formação.

À medida que as estrelas jovens coletam material do gás e da poeira que as cercam, elas ejetam uma fração desse material de volta de suas regiões polares em jatos e fluxos de saída. Assim, esses jatos agem como um limpa-neve, destruindo o ambiente ao redor.

"Jatos como estes são sinalizadores para a parte mais emocionante do processo de formação estelar. Nós só os vemos durante uma breve janela de tempo quando a protoestrela está ativamente agregando”, pontua o coautor da descoberta Nathan Smith, da Universidade do Arizona em Tucson.

Para os especialistas, essa descoberta marca o início de uma nova era de investigação de como estrelas e como o Sol se formaram. Além de entender como a radiação de estrelas massivas próximas pode afetar o desenvolvimento dos planetas.

“Isso abre as portas para o que será possível em termos de observar essas populações de estrelas recém-nascidas em ambientes bastante típicos do universo que eram invisíveis até o Telescópio Espacial James Webb. Agora sabemos onde procurar a seguir para explorar quais variáveis são importantes para a formação de estrelas semelhantes ao Sol", garante Reiter.

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