Acordar às 3h da manhã, ter pensamentos angustiantes e dificuldade para voltar a dormir parece ser um fenômeno coletivo e tem explicações neurobiológicas. O pesquisador Greg Murray, em artigo publicado na plataforma de conteúdos acadêmicos The Conversation, explica que nossa neurobiologia atinge um ponto de virada na madrugada, com alterações na temperatura corporal e nos níveis dos hormônios melatonina e cortisol.
"A temperatura central do corpo começa a subir, o sono está diminuindo (porque dormimos bastante), a secreção de melatonina (o hormônio do sono) atingiu o pico e os níveis de cortisol (hormônio do estresse) estão aumentando à medida que o corpo se prepara para lançar-nos no dia. Notavelmente, toda essa atividade acontece independentemente de sugestões do ambiente, como a luz do amanhecer – a natureza decidiu há muito tempo que o nascer e o pôr do sol são tão importantes que devem ser previstos (daí o sistema circadiano)", afirma o especialista em psicologia, com experiência em sono e humor.
- Qualidade de sono das mulheres é pior que a dos homens, indica estudo
- Sono é um dos fatores fundamentais para saúde cardiovascular, diz estudo
Greg ressalta que o estresse também é um fator que influencia nas chances de acordar por volta das 3h da manhã. "Quando o sono está indo bem para nós, simplesmente não percebemos esses despertares. Mas adicione um pouco de estresse e há uma boa chance de que a vigília se torne um estado totalmente autoconsciente", diz. O acúmulo de estresse induz um estado de "hipervigilância e preocupações sobre estar acordado quando deveria estar dormindo pode fazer com que a pessoa se estremeça em uma vigília ansiosa", acrescenta o pesquisador.
Greg Murray recomenda técnicas muito comuns no Budismo, como meditação e atenção plena à respiração. "Eu trago minha atenção para os meus sentidos, especificamente o som da minha respiração. Quando percebo pensamentos surgindo, gentilmente trago minha atenção de volta ao som da respiração (dica profissional: tampões de ouvido ajudam a ouvir a respiração e a sair da cabeça)", orienta o especialista.
O pesquisador frisa, no entanto, que insônia recorrente pode ser sinal de depressão. Nesses casos, é recomendado buscar ajuda médica. O artigo completo pode ser acessado neste link.
Newsletter
Assine a newsletter do Correio Braziliense. E fique bem informado sobre as principais notícias do dia, no começo da manhã. Clique aqui.
Cobertura do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!
Saiba Mais
- Política Duda Salabert: 'Não existe democracia sem diversidade'
- Ciência e Saúde Erupções no sistema TRAPPIST-1 podem ajudar planetas a abrigar vida
- Ciência e Saúde Remédio para emagrecer: como explicar busca pela perfeição de Déborah Secco
- Ciência e Saúde Importância da cirurgia plástica pós-bariátrica para a melhora do paciente
- Política Lula escala Tebet, Marina, Sônia Guajajara e completa ministérios
- Brasil Novo tremor assusta moradores de Sete Lagoas (MG)
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.