A atriz Deborah Secco, de 43 anos, revelou em uma entrevista para a revista JP, que usou, durante muitos anos, remédios para emagrecer, dos 15 até um ano depois que sua filha, Maria Flor, nasceu.
A busca pela perfeição teve origem numa grande perda na infância: a morte de sua irmã, aos cinco anos, após viver muito tempo em estado vegetativo. Segundo Deborah, ela não queria fazer os pais sofrerem.
Isso acabou refletindo também no corpo e, de acordo com a atriz, pelo fato de 'a sociedade estar doente'.
De acordo com o nutricionista Felipe França, da Soloh, isso se dá porque as pessoas acabam associando o emagrecimento a um imediatismo. É como se buscassem uma saída ou uma solução para alguma coisa que, fisiológica e psicologicamente, está faltando.
Os remédios, segundo o profissional, ajudam em ações pontuais da fisiologia humana. "Quando o corpo está com deficiência de alguma coisa, o indivíduo ingere um determinado medicamento que, momentaneamente, camufla o real motivo da não perda de peso. Isso vai suprir aquela falta, mas não é, nem de longe, a solução.
O resultado, hoje, é um estilo de vida completamente diferente, mais saudável, com prática de exercício físico, alimentação equilibrada, observando os buracos bioquímicos que o corpo mostra, como uma unha quebradiça, o cabelo caindo, a falta de memória, a má qualidade do sono (tanto a falta quanto a inquietação). Com a saúde fisiológica em bom estado, nenhum desses fatores ou outros devem acontecer. Isso vai totalmente contra esse imediatismo.
Felipe ressalta que os fármacos, quando são associados a uma didática médica, são bem aceitos, mas tem de estar vinculado a uma grande necessidade dietética.
"Com isso, a maioria dos anorexígenos ou ansiolíticos (medicamentos que auxiliam no emagrecimento) tendem a debilitar, cada vez mais, o corpo, causando desnutrição de micronutrientes. Quando vamos colher os frutos por usar esses medicamentos, eles, infelizmente, vêm com um saldo muito negativo."
Até conseguir suprir as reservas e voltar à mecânica bioquímica funcional do corpo, isso demanda tempo. E, grande parte das pessoas não consegue esperar para que o corpo volte a funcionar em homeostase (equilíbrio).
A associação de remédios para emagrecimento com deficiências suprarrenais, pancreáticas ou até mesmo em processos inflamatórios muito difíceis de serem desfeitos é algo, infelizmente, muito visto dentro dos consultórios.
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