As imagens surpreendentes capitadas pelo telescópio James Webb da Nasa e divulgadas no dia 12 de julho seguem dando o que falar. No registro feito da Nebulosa de Carina (também conhecida como Penhascos Cósmicos), especialistas conseguiram identificar algumas estrelas jovens em estágios iniciais de formação.
"O que o James Webb nos dá é uma 'espiada' no tempo para ver a quantidade de formação de estrelas que está acontecendo no que pode ser um canto mais típico do universo que não pudemos ver antes”, fundamenta a astrônoma Megan Reiter, da Rice University que liderou o estudo.
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Foram identificadas duas dúzias de fluxos de saída anteriormente desconhecidos de estrelas extremamente jovens reveladas pelo hidrogênio molecular — um ingrediente vital para fazer novas estrelas e um excelente rastreador dos estágios iniciais de sua formação e um excelente rastreador dos estágios iniciais de sua formação.
À medida que as estrelas jovens coletam material do gás e da poeira que as cercam, elas ejetam uma fração desse material de volta de suas regiões polares em jatos e fluxos de saída. Assim, esses jatos agem como um limpa-neve, destruindo o ambiente ao redor.
"Jatos como estes são sinalizadores para a parte mais emocionante do processo de formação estelar. Nós só os vemos durante uma breve janela de tempo quando a protoestrela está ativamente agregando”, pontua o coautor da descoberta Nathan Smith, da Universidade do Arizona em Tucson.
Para os especialistas, essa descoberta marca o início de uma nova era de investigação de como estrelas e como o Sol se formaram. Além de entender como a radiação de estrelas massivas próximas pode afetar o desenvolvimento dos planetas.
“Isso abre as portas para o que será possível em termos de observar essas populações de estrelas recém-nascidas em ambientes bastante típicos do universo que eram invisíveis até o Telescópio Espacial James Webb. Agora sabemos onde procurar a seguir para explorar quais variáveis são importantes para a formação de estrelas semelhantes ao Sol", garante Reiter.
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