Desde o último fim de semana, pilotos de aviões comerciais vêm registrando avistamento de objetos voadores não identificados no céu de Porto Alegre. O Correio conversou com o professor Carlos Fernando Jung, do Observatório Espacial Heller & Jung, em Taquara, no Rio Grande do Sul, que apontou a hipótese mais plausível para o fenômeno.
Segundo relato do especialista, os avistamentos realizados por pilotos iniciaram em 4 e 5 de novembro. Os primeiros relatos informavam o registro de luzes que tinham um padrão circular ou elíptico no céu a uma altitude elevada em torno de 9km. em 4 de novembro, o Observatório Espacial Heller & Jung, localizado na cidade de Taquara, a 70km da capital Porto Alegre, registrou imagens de luzes refletindo em camadas superiores de nuvens tendo origem em outras localidades distantes.
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Ainda segundo o professor Carlos Jung, em 6, 7, 8 e 9 de novembro, mais pilotos avistaram luzes com outros padrões de comportamento. "Estas luzes apresentavam movimento em direções diferentes, indicando possíveis objetos como origem da fonte luminosa. Registros foram feitos por pilotos e por câmeras instaladas em Porto Alegre", conta.
Após analisar as imagens de várias fontes, correlacionando com dados de bases nacionais e internacionais, foram descartadas as possíveis fontes que poderiam estar gerando estas luzes.
"A hipótese mais plausível até o momento consiste em, estas luzes possuírem como fonte, satélites que se deslocam em órbita baixa. Um dos possíveis satélites que podem estar sendo avistados são o Starlinks da nova geração lançados a pouco tempo. Estes novos modelos podem refletir muito mais a luz solar", explica Jung.
O especialista alerta, no entanto, que não se descarta nenhuma hipótese até o momento, nem mesmo possíveis objetos de natureza não terrestre. "Mas a luz da ciência estamos analisando os avistamentos utilizando dados científicos e imparcialidade para determinar a verdadeira origem e fenômenos que possam estar gerando estas luzes observadas por pilotos de jatos comerciais", pontua.
O diretor técnico da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), Marcelo Zurita, fez um vídeo explicando visualmente a possível causa do fenômeno. Confira: