Crise impulsiona energia renovável

Correio Braziliense
postado em 16/11/2022 06:00

Um relatório divulgado ontem descobriu que a corrida para se livrar do gás russo e a crise energética mundial estão impulsionando os principais emissores de gases de efeito estufa na busca por energia limpa, o que poderá ter um impacto positivo na redução dos lançamentos de CO2 na atmosfera. O documento The Big Four — título em referência a China, Estados Unidos, Índia e União Europeia — foi apresentado na COP27 pela organização não-governamental Unidade de Inteligência Energética e Climática (Eciu).

Segundo o texto, crises globais interconectadas e mecanismos de mercado estão obrigando governos e setor privado a investirem em veículos elétricos, aquecimento de baixo carbono e energia renovável. As mudanças estariam ocorrendo, em particular, nos quatro maiores emissores mundiais.

"O ritmo em que a transição verde está acelerando, particularmente nas potências da economia global, é notável. Isso mostra claramente como as políticas corretas e as estruturas de mercado estão impulsionando a mudança em um ritmo que seria inimaginável apenas alguns anos atrás", comentou, em nota, Gareth Redmond-King, líder internacional da ECIU. "A invasão russa da Ucrânia e a crise global de energia aceleraram ainda mais essa mudança. E, embora possa haver um aumento de curto prazo no uso de combustíveis fósseis e mais progresso seja necessário, ninguém que realmente entenda as crises interconectadas que o mundo enfrenta acredita que mais petróleo e gás representam algo mais do que uma solução de curto prazo."

Em apoio às nações mais vulneráveis e mais atingidas pelas mudanças climáticas, um dos principais focos da cúpula do clima COP27, a análise também destaca como acelerar a transição limpa globalmente e reduzir a dependência de combustíveis fósseis "Isso, por sua vez, reduz os custos, altera os fluxos financeiros globais e reduz os impactos climáticos que ameaçam o abastecimento de alimentos. Com todos os países tendo potencial renovável suficiente para se abastecer, este é um caminho universal para a segurança energética", sugere o relatório. 

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