Projeção mostra como a tecnologia afetará a aparência humana no ano 3000

Mindy é um modelo criado por cientistas que projeta como ficará a aparência do ser humano após o uso excessivo da tecnologia

Yasmin Rajab

postado em 04/11/2022 17:54 / atualizado em 04/11/2022 17:54

Outro elemento destacado no estudo é como a tecnologia pode afetar a saúde mental - (crédito: Divulgação/Toll Free Forwarding)

Com o avanço acelerado da tecnologia, os seres humanos estão se tornando cada vez mais dependentes de celulares, computadores e aparelhos televisores. Tal dependência excessiva já foi tema de diversos estudos científicos, que apontam os efeitos que isso pode causar na vida do ser humano. 

Para retratar a aparência dos seres humanos no ano 3000, pesquisadores da Toll Free Forwarding, empresa de telecomunicações com sede nos Estados Unidos, criaram Mindy, um avatar que descreve como os seres humanos seriam em menos de 800 anos — caso ainda dependam tanto da tecnologia.

Mindy foi criada com o objetivo de mostrar o efeito que a tecnologia e a dependência dos celulares e computadores possuem nos corpos humanos. Segundo o modelo, as pessoas terão a postura curvada e as mãos moldadas em forma de garra, chamada de "garra de texto".

A projeção também prevê que os seres humanos podem apresentar pescoços cada vez mais grossos, além do "cotovelo do smarthphone", com ângulo de 90 graus, causado pelo posicionamento ao segurar o aparelho.

E não para por aí. Os cientistas também incluíram um crânio mais grosso e um cérebro menor no avatar, além de uma segunda pálpebra para evitar exposição excessiva à luz.

Saúde Mental

Outro elemento destacado no estudo é como a tecnologia pode afetar a saúde mental. O estudo mostra os danos que a tecnologia pode causar na mentalidade dos seres humanos, como ansiedade, estresse e depressão.

Estudos recentes estabeleceram uma conexão entre o uso excessivo do Facebook e uma piora no bem-estar a longo prazo. As mídias sociais também são responsáveis pelo aumento da ansiedade e depressão infantil.

Por meio de nota divulgada no site da Toll Free Forwarding, o médico Sal Raichbach, do Ambrosia Treatment Center, elencou algumas preocupações atuais: “Privacidade, segurança e vícios em tecnologia são as principais preocupações quando se trata de comunicação via tecnologia. A tecnologia evoluiu mais rápido do que a polícia, políticos, psicólogos ou pais podem acompanhar".

"O que está claro é que usar a tecnologia para se comunicar pode nos deixar mais desconectados. Conversas privadas podem ser exploradas com consequências reais, incluindo causar traumas ou encerrar carreiras. A segurança de nossos filhos ou de nossos negócios pode ser comprometida”, explica. 

Em relação ao trabalho, a tecnologia também pode prejudicar no desempenho dos empregados. A luz azul emitida nos dispositivos pode piorar na qualidade do sono. A falta de uma boa noite de sono pode afetar diversos pontos, uma vez que dormir melhora a comunicação, criatividade, produtividade, resistência, tempo de reação, concentração, memória, humor e muito mais.