O Dia Mundial da Visão é marcado anualmente na 2º quinta-feira de outubro e, este ano será celebrado nesta quinta (13/10). A Organização Mundial de Saúde (OMS) criou a data visando alertar a população sobre as causas da cegueira no mundo, a fim de prevenir e tratar de modo mais eficaz doenças como catarata e glaucoma.
Segundo a OMS, o crescimento e envelhecimento populacional aumentam o risco de que mais pessoas adquiram deficiência visual. Segundo a organização, pelo menos 2,2 bilhões de pessoas têm deficiência visual no mundo todo, desses, cerca de 1 bilhão são pessoas com deficiência visual moderada ou grave à distância, ou cegueira devido a erro refrativo não endereçado (88,4 milhões), catarata (94 milhões), glaucoma (7,7 milhões), opacidades da córnea (4,2 milhões), retinopatia diabética (3,9 milhões), e tracoma (2 milhões), bem como deficiência visual de perto causada por presbiopia não tratada (826 milhões).
O Correio conversou com o oftalmologista Dr. Daniel Moon Lee, médico do Grupo INOB, que explicou um pouco sobre a importância do dia, "A própria OMS estima que 60% das pessoas cegas, poderiam ainda enxergar, caso tivessem feito exames precoces e (tivessem) acesso aos tratamentos adequados. Ou seja, a detecção das doenças oftalmologias precocemente consegue minimizar ou evitar que o paciente tenha uma perda de visão".
“O Dia Mundial da Visão é importante para alertar as pessoas que elas não devem procurar um oftalmologista apenas quando elas sentirem alguma coisa no olho. Desde os primeiros anos de vida, as consultas deveriam ser regulares. E a partir dos 40 anos, o recomendado é que esta visita ao oftalmologista seja anual, porque é quando podemos detectar algumas doenças mais associadas à idade, como por exemplo, a catarata — doença responsável pela maior causa de cegueira reversível no mundo.”
No Distrito Federal em 2021, a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD) apontou que cerca de 70 mil brasilienses eram considerados deficientes visuais (isso engloba os totalmente cegos, com baixa acuidade visual, visão monocular, entre outros). No Brasil, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) calcula que surjam 550 mil novos casos da doença por ano no país.
Um dado corroborado pela pesquisa do Grupo de Especialistas em Perda de Visão (VLEG), publicada em 2020 na revista The Lancet Global Health, projeta que, no ano de 2050, 61 milhões de pessoas em todo o mundo deixarão de enxergar.
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*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes