Astronomia

James Webb: Nasa mostra detalhes inéditos do começo do universo; veja

O telescópio da Nasa pode ajudar na análise de galáxias distintas e de uma maneira jamais vista

Camilla Germano
postado em 27/10/2022 12:22 / atualizado em 27/10/2022 12:22
 (crédito: NASA, ESA, CSA, STScI e Tiger Hsiao (Johns Hopkins University) Processamento de imagem: Alyssa Pagan (STScI))
(crédito: NASA, ESA, CSA, STScI e Tiger Hsiao (Johns Hopkins University) Processamento de imagem: Alyssa Pagan (STScI))

Especialistas da Nasa mostraram imagens inéditas da galáxia MACS0647-JD que já havia sido captada pelo Telescópio Hubble da agência espacial há 10 anos. No entanto, com a ampliação de tecnologia e resolução de imagens alcançadas pelo James Webb, novas imagens foram divulgadas.

Segundo um comunicado da Nasa na quarta-feira (26/10), os pesquisadores detalharam mais das imagens e fizeram um comparativo entre as antigas fotos do Hubble com as novas do James Webb.

Confira a diferença de captura entre o Hubble e James Webb:

Dan Coe, da AURA/STScI para a Agência Espacial Europeia e Universidade Johns Hopkins, conta que as primeiras imagens da MACS0647-JD feitas com o Hubble foram seu primeiro trabalho como pesquisador de galáxias. "Com o Hubble, era apenas um ponto vermelho pálido — podíamos dizer que era muito pequena, apenas uma pequena galáxia nos primeiros 400 milhões de anos do universo — E agora olhamos com o Webb e conseguimos resolver dois objetos!", narra.

Ele explica ainda que os pesquisadores estudam se são duas galáxias ou dois aglomerados de estrelas dentro de uma galáxia. "Não sabemos, mas essas são as perguntas que o Webb foi projetado para nos ajudar a responder", garante.

De acordo com Tiger Hsiao da Universidade Johns Hopkins, as cores distintas representam características diferentes. "O azul tem formação estelar muito jovem e quase nenhuma poeira, mas o pequeno objeto vermelho tem mais poeira dentro e é mais velho. E suas massas estelares também são provavelmente diferentes", explica. "Podemos estar testemunhando uma fusão de galáxias no universo inicial", destaca.

A cientista Rebecca Larson, da Universidade do Texas, em Austin, pontua que, até então, não foi possível estudar as galáxias no início do universo em grande detalhe e que com o James Webb essas análises se tornam possíveis. "É incrível a quantidade de informações que estamos recebendo que não conseguíamos ver antes. E este não é um campo profundo. Esta não é uma exposição longa. Nós nem tentamos usar este telescópio para olhar para um ponto por um longo tempo. Isto é apenas o começo!", declara.

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