Com a proximidade do verão, a busca de clínicas e procedimentos estéticos aumenta, assim como por tratamentos considerados milagrosos, o que passa a ser uma corrida contra o tempo. Para resultados rápidos, muitos especialistas utilizam medicamentos que não têm finalidade estética ou foco na perda de peso, como os implantes hormonais à base de gestrinona. Essa não é, justamente, a finalidade do hormônio, que deve ser aplicado apenas com prescrição médica para tratamento de doenças e problemas que afetam a saúde da mulher e contracepção.
Saiba Mais
O médico ginecologista Malcolm Montgomery, coordenador do Programa Comunitário em Saúde Sexual e Reprodutiva da Mulher pela Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, que trabalha com implantes há mais de 20 anos, reforça que a gestrinona não tem como função o emagrecimento ou ganho de massa magra.
"Esses são efeitos colaterais que podem ocorrer, mas não é de forma alguma o objetivo primordial do implante, que é indicado para tratar várias patologias ginecológicas, como adenomiose, miomatose uterina, endometriose, sangramento uterino disfuncional, cólicas menstruais, na terapia de reposição hormonal (climatério e menopausa) e também na tensão pré-menstrual (TPM)", explica.
Um dos precursores sobre o uso da gestrinona e implantes hormonais no Brasil é Elsimar Coutinho, pesquisador e professor da Universidade Federal da Bahia, pós-graduado em endocrinologia na Universidade de Sorbonne, na França, e no Instituto Rockfeller, em Nova York (EUA). Ele fomentou os conhecimentos sobre os benefícios da gestrinona como fonte de qualidade de vida ao controlar e reduzir problemas que impactam diariamente a saúde da mulher e que crescem a cada ano no país.
Os implantes de gestrinona são tubetes de silicone semipermeáveis com tamanho em média de três centímetros inseridos na porção superior do glúteo, liberando o hormônio no decorrer de um ano. "O foco do uso do implante hormonal à base de gestrinona precisa ser consciente e sempre focado na saúde e não na estética. Infelizmente, muitas clínicas e profissionais utilizam para esse fim nomeando-o como chip da beleza, o que não é viável e até incorreto, provocando uma onda de desinformação a respeito do real uso e indicação", conclui Malcolm.
Cobertura do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!
Saiba Mais
- Ciência e Saúde Alguns alimentos são mesmo capazes de reduzir o apetite?
- Ciência e Saúde Campo magnético da Terra pode ajudar a datar eventos bíblicos
- Ciência e Saúde Sintomas mais comuns de covid-19 mudaram, saiba o porquê e quais são
- Ciência e Saúde Você é perfeccionista? Saiba identificar sinais e como isso afeta sua vida
- Ciência e Saúde Nova radioterapia é promissora contra tumores preservando tecido saudável; entenda
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.