Jornal Correio Braziliense

Terapia promissora para a bexiga

Pesquisadores da Faculdade Monte Sinai, nos Estados Unidos, fizeram duas descobertas importantes sobre o mecanismo pelo qual as células cancerígenas da bexiga parecem imunes a ataques do sistema imunológico. A pesquisa, publicada na revista Cancer Cell, pode levar a uma nova opção terapêutica para pacientes com esses tipos de tumores.

O câncer de bexiga avançado é agressivo e, geralmente, o prognóstico é ruim. Vários imunossurpressores foram aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), mas as respostas satisfatórias só beneficiam cerca de 20% dos pacientes.

Quando um paciente tem câncer, um tipo de estrutura imune conhecida como célula assassina natural entra em ação para tentar matar as tumorais. No entanto, essas, muitas vezes, são capazes de frustrar os ataques.

Os pesquisadores do Monte Sinai relataram que encontraram um subconjunto de células T CD8 que se adaptam às estratégias de evasão tumoral, oferecendo uma estratégia para reduzir a capacidade das células tumorais de combatê-las. Para criar "assassinas naturais" adicionais, os cientistas induziram uma molécula na superfície das T CD8, permitindo que elas se comportassem como as originais.

O estudo mostrou que a estratégia está associada à melhora da sobrevida e à capacidade de resposta a uma imunoterapia de combate ao câncer conhecida como bloqueio de checkpoint PD-L1. Uma segunda descoberta indicou como o tumor resiste ao tratamento, sugerindo que focar nessa abordagem poderá melhorar a eficácia terapêutica.