Biomedicina

Bactéria que causa infecções pode secretar toxina e matar germes

A capacidade patógeno bacteriano 'Pseudomonas aeruginosa' pode ser a chave para o combate à bactérias causadoras de infecções, segundo os pesquisadores

Camilla Germano
postado em 06/09/2022 18:18
 (crédito: Blake Dillon/McMaster University)
(crédito: Blake Dillon/McMaster University)

Uma capacidade do patógeno bacteriano Pseudomonas aeruginosa, conhecido por causar infecções adquiridas em hospitais, como pneumonia, por exemplo, foi encontrada por pesquisadores da Universidade McMaster, no Canadá.

O estudo publicado na revista científica Molecular Cell nesta terça-feira (6/9), mostra que a Pseudomonas aeruginosa secreta uma toxina que evoluiu para matar outras espécies de bactérias.

Para John Whitney, um dos autores do estudo, o aspecto chave de sua descoberta não é apenas que essa toxina mata as bactérias, mas como ela o faz. "Esta pesquisa é significativa, porque mostra que a toxina tem como alvo moléculas de RNA essenciais de outras bactérias, tornando-as efetivamente não funcionais”, explica ele.

John destaca que assim como os humanos, as bactérias precisam de RNA que funcione adequadamente para viver e que esse "ataque" da toxina se torna prejudicial justamente por causa de quantos caminhos essenciais dependem de RNAs funcionais

“Esta toxina entra em seu alvo, sequestra uma molécula essencial necessária para a vida e, em seguida, usa essa molécula para interromper os processos normais”, ressalta Nathan Bullen que também assina o estudo;

Para o pesquisadores, essa descoberta tem um grande potencial para estudos futuros que podem levar a novas inovações que combatem bactérias causadoras de infecções.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação